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Copel moderniza rede com tecnologia self-healing e reduz tempo de interrupção de energia no Paraná

Sistema automatizado de autocorreção já beneficia 2,3 milhões de consumidores e integra plano de R$ 2,5 bilhões em investimentos para ampliar estabilidade e eficiência do fornecimento elétrico

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) segue firme em seu plano de modernização da rede elétrica, apostando na expansão de tecnologias de automação e digitalização para melhorar a qualidade do serviço prestado à população. Uma das principais iniciativas é a ampliação do sistema self-healing, ou de autocorreção, que já atende a 2,3 milhões de unidades consumidoras no Paraná, o que corresponde a quase metade dos clientes da distribuidora.

Esse sistema permite a identificação automática de falhas, isola os trechos danificados e restabelece o fornecimento de energia em tempo recorde, sem necessidade de ação humana. “É um sistema composto por um conjunto de religadores automáticos que identificam, isolam e restauram automaticamente o fornecimento de energia em caso de falhas, sem que haja interferência humana. A tecnologia está revolucionando a forma como lidamos com falhas na rede de distribuição”, explica Gustavo Theodor, superintendente de Operação da Copel.

Em situações típicas, como o contato de galhos de árvores com a rede elétrica, o self-healing atua isolando o trecho comprometido e, em até três minutos, reestabelece a energia para o restante da rede. Essa rápida resposta reduz significativamente o impacto das interrupções, garantindo mais conforto e segurança aos consumidores.

Automação em expansão: mais segurança e eficiência

Atualmente, a Copel conta com sistemas self-healing em mais de 1.300 pontos estratégicos de sua rede elétrica no estado. A expansão desse recurso é prioridade e, por isso, a companhia já estuda a implantação de cerca de 300 novos conjuntos, ampliando a cobertura e diminuindo ainda mais o tempo médio de interrupções causadas por eventos externos.

A tecnologia self-healing está integrada a uma rede de 4.700 religadores automáticos espalhados pelo Paraná, que atuam em conjunto com outros dispositivos de automação. Para este ano, a previsão é de instalação de mais 2.500 religadores, reforçando a capacidade de resposta rápida em caso de falhas e aumentando a confiabilidade do sistema.

Esses investimentos são parte de um plano mais amplo da Copel, que prevê R$ 2,5 bilhões em obras e melhorias para o ano de 2025, com foco na modernização, estabilidade e qualidade do fornecimento de energia em todas as regiões do estado.

Indicadores de qualidade refletem eficiência dos investimentos

Os avanços da Copel em automação e modernização têm impacto direto nos indicadores de qualidade da energia elétrica, que são aferidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo Gustavo Theodor, os resultados demonstram a eficácia da estratégia da companhia: “O resultado direto do investimento da Copel está na melhoria constante na qualidade da energia fornecida pela companhia e nos parâmetros de referência da Aneel. O Paraná tem um dos menores índices do país de tempo e de frequência de interrupções de energia”.

Esse desempenho reforça o papel estratégico da Copel no suporte ao desenvolvimento econômico do Paraná, que hoje se destaca como a quarta maior economia do Brasil.

Paraná Trifásico: modernização e robustez no meio rural

Outro destaque das ações da Copel é o Programa Paraná Trifásico, considerado o maior projeto de modernização de rede elétrica rural do Brasil. O programa substitui redes monofásicas por trifásicas, oferecendo uma infraestrutura mais robusta, estável e eficiente para os produtores rurais. Até o momento, mais de 22 mil quilômetros de redes trifásicas foram implantadas, de um total previsto de 25 mil quilômetros, cuja entrega está programada para o segundo semestre deste ano.

Com investimentos na ordem de R$ 3 bilhões, o Paraná Trifásico garante benefícios importantes: redução das quedas temporárias de energia, distribuição eficiente em longas distâncias e a possibilidade de utilização de motores e geradores mais compactos, otimizando a produção no campo.

Após a instalação da rede trifásica, o cliente precisa padronizar a entrada de serviço de sua propriedade e solicitar a alteração de carga junto à Copel, pelos canais de atendimento disponíveis. O prazo médio para a ativação da nova rede é de 20 dias úteis.

Fortalecimento da rede com novos equipamentos

Além da expansão do sistema self-healing e das redes trifásicas, a Copel está realizando mais de mil obras para instalação de novos alimentadores, responsáveis por transportar energia em média tensão das subestações aos transformadores. Esses investimentos visam aumentar a confiabilidade e a capacidade de atendimento da rede.

A companhia também está implantando 250 novos reguladores de tensão automatizados em toda a sua rede, que garantem a constância e adequação da tensão, independentemente da distância ou carga do alimentador. Esses dispositivos são essenciais para assegurar a qualidade do fornecimento, especialmente em regiões mais afastadas.

Rede Elétrica Inteligente: medição e controle em tempo real

Complementando esse processo de modernização, a Copel executa o programa Rede Elétrica Inteligente (REI), o maior do gênero em andamento no Brasil. A iniciativa consiste na instalação de medidores inteligentes — os chamados smart meters — que permitem ao cliente monitorar o consumo em tempo real, além de enviar dados automaticamente à distribuidora. Com isso, a identificação de falhas e o restabelecimento do fornecimento tornam-se ainda mais rápidos e eficientes.

Subestações reforçam a infraestrutura elétrica

Os investimentos estruturantes da Copel incluem ainda a implantação de 14 novas subestações e a ampliação de outras 75 unidades em todo o estado, além da construção de novas linhas de distribuição em alta tensão. As subestações são essenciais para receber energia em alta tensão e transformá-la para distribuição nas redes urbanas e rurais, assegurando estabilidade e minimizando riscos de interrupções.

Essa infraestrutura moderna e robusta é projetada considerando fatores como o desenvolvimento econômico e populacional de cada região, bem como as condições climáticas locais, garantindo um fornecimento de energia seguro, eficiente e de qualidade para os paranaenses.

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