Com investimentos de R$ 3,35 bilhões, projeto prevê 783 km de novas linhas e geração de 7 mil empregos diretos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deu um passo crucial para a expansão da infraestrutura elétrica brasileira ao formalizar, nesta segunda-feira (9/12), os contratos de concessão do Leilão de Transmissão nº 2/2024. A cerimônia, realizada na sede da Agência, em Brasília, contou com a presença de representantes do setor elétrico, governo e empresas vencedoras do certame.
Os contratos celebrados envolvem a construção e manutenção de 783 quilômetros de linhas de transmissão e 1.000 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação. Adicionalmente, garantem a continuidade de operação em 162,9 km de linhas e 300 MVA de transformação já existentes.
Investimentos e Impacto Econômico
O leilão, realizado em setembro na B3, em São Paulo, abrange empreendimentos em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Com um investimento total estimado em R$ 3,35 bilhões, o projeto tem potencial para gerar cerca de 7 mil empregos diretos durante o período de construção. As instalações deverão ser entregues em prazos que variam de 42 a 60 meses.
Os lotes foram arrematados por importantes players do setor: o Consórcio Engie Brasil Transmissão, a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (TAESA) e a COX Brasil, reforçando a atratividade do setor elétrico brasileiro para grandes investidores.
Visão Estratégica e Sustentabilidade
Durante a cerimônia, o diretor-geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, destacou a importância dos projetos para o avanço da universalização e confiabilidade do sistema elétrico. “Embora tenhamos alcançado 99,8% de universalização do acesso à energia, ainda enfrentamos desafios para garantir uma rede confiável e segura para toda a população. Esse trabalho reflete o compromisso da ANEEL com o desenvolvimento do setor e do Brasil”, declarou.
Fernando Mosna, diretor da ANEEL e relator do processo do certame, enfatizou a confiança depositada na Agência e no ambiente de negócios do país. “Os contratos assinados hoje não só vinculam as empresas à ANEEL por décadas, mas também refletem a segurança regulatória e a atratividade do setor elétrico brasileiro”, afirmou.
A entrega dos empreendimentos será essencial para integrar novas fontes de energia ao sistema, especialmente renováveis, e melhorar a distribuição em regiões de alta demanda. Além disso, a iniciativa se alinha às metas de transição energética do país, ao criar uma infraestrutura capaz de suportar fontes limpas e contribuir para a descarbonização do setor.