Com investimento de R$ 1,1 bilhão, obra terá 44,6 km de linhas subterrâneas e ampliará a robustez e a confiabilidade do sistema elétrico da região metropolitana
A infraestrutura elétrica da Região Metropolitana de São Paulo está prestes a alcançar um novo patamar de segurança e confiabilidade com o avanço das obras do Projeto Riacho Grande, conduzido pela ISA Energia Brasil, uma das principais operadoras de transmissão elétrica do país. O empreendimento, que já conta com 80% das obras subterrâneas concluídas, é considerado o maior em execução no Brasil nesse segmento, com um total de 44,6 km de linhas de transmissão subterrâneas.
O projeto é resultado do leilão nº 01/20 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), realizado em dezembro de 2020, e contempla, além das linhas subterrâneas, outros 9 km de linhas aéreas, a construção de uma nova subestação (São Caetano do Sul) e a ampliação de duas importantes subestações já existentes, Miguel Reale e Sul.
Segundo a ISA Energia Brasil, o objetivo central do empreendimento é reforçar a segurança, a confiabilidade e a flexibilidade do fornecimento de energia para a capital paulista e a região do ABC, beneficiando milhões de consumidores e ampliando a resiliência da infraestrutura elétrica diante de eventos climáticos extremos.
Tecnologia e sustentabilidade como diferenciais
O sistema de cabos subterrâneos adotado no Projeto Riacho Grande incorpora tecnologia de ponta, capaz de monitorar em tempo real a temperatura, identificar falhas de secção e transmitir instantaneamente informações para as equipes de manutenção. Esse monitoramento inteligente contribui para reduzir riscos de interrupção e otimizar a operação do sistema elétrico.
“Apesar da complexidade do projeto, que envolve mais de 400 colaboradores, conseguimos avançar com as obras de forma harmoniosa com o ambiente urbano, utilizando metodologias que evitam interrupções no tráfego das vias públicas”, destaca Dayron Urrego, diretor de projetos da ISA Energia Brasil. Ele também ressalta que a escolha por linhas subterrâneas aumenta a resiliência do sistema frente a eventos climáticos extremos, uma preocupação cada vez mais relevante no contexto das mudanças climáticas.
Outro destaque é a geração de aproximadamente 2.200 empregos locais ao longo da execução do projeto, o que reforça o seu papel como indutor de desenvolvimento socioeconômico regional.
Um reforço estratégico para o sistema elétrico
No fim de abril, a ISA Energia Brasil concluiu uma etapa estratégica do projeto: a energização do seccionamento da linha de transmissão aérea Ibiúna – Tijuco Preto, com tensão de 345 kV. Essa intervenção ampliou a capacidade da Subestação Sul, que passou de dois para quatro circuitos de alimentação, permitindo um remanejamento mais eficiente das cargas elétricas e conferindo maior robustez ao sistema interligado.
A previsão estabelecida pela ANEEL para a energização completa do Projeto Riacho Grande é março de 2026, prazo que a ISA Energia Brasil segue confiante em cumprir, dada a evolução do cronograma.
A importância do reforço elétrico para a Grande São Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo concentra uma das maiores demandas elétricas do país, impulsionada por sua densidade populacional, atividades industriais e expansão de serviços. Nesse contexto, o reforço da infraestrutura de transmissão não é apenas uma necessidade técnica, mas uma estratégia essencial para garantir a segurança do suprimento e evitar sobrecargas no sistema.
Com a implantação do Projeto Riacho Grande, a região do ABC e a capital paulista contarão com um sistema mais robusto e flexível, apto a suportar o crescimento da demanda energética nos próximos anos.
Além disso, o projeto representa um marco para o setor elétrico brasileiro, ao consolidar a adoção de soluções subterrâneas de grande porte, que conciliam benefícios técnicos com menor impacto visual e ambiental, aspectos cada vez mais valorizados pela sociedade e pelos órgãos reguladores.
Próximos passos: conclusão e integração
A ISA Energia Brasil segue com a implementação das demais etapas do empreendimento, com foco na finalização das linhas subterrâneas, na construção da subestação São Caetano do Sul, que terá capacidade de 800 MVA, e na ampliação das subestações Miguel Reale e Sul.
Quando concluído, o Projeto Riacho Grande não apenas ampliará a segurança energética da Grande São Paulo, mas também se consolidará como referência nacional em engenharia de transmissão subterrânea, abrindo caminho para futuros empreendimentos de infraestrutura elétrica mais modernos, resilientes e sustentáveis.