Associação destaca a importância da transição energética e reforma do setor elétrico para garantir acesso à energia barata e renovável.
Em uma reunião realizada em São Paulo no dia 22 de dezembro, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) se encontrou com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para abordar temas cruciais relacionados à abertura total do mercado de energia elétrica e a redução de subsídios no setor. O encontro, que contou com a participação virtual de alguns membros, destacou a urgência de mudanças substanciais para impulsionar a competitividade e garantir o acesso à energia barata e renovável em todo o país.
Rodrigo Ferreira, representante da Abraceel, abriu a reunião enfatizando a importância do debate em torno da abertura total do mercado, visando beneficiar todos os consumidores brasileiros com preços mais acessíveis e serviços de alta qualidade no mercado livre. Apresentando estudos elaborados pela associação, Ferreira respaldou a proposta de abertura total do mercado já em janeiro de 2026.
Além da abertura do mercado, a Abraceel pleiteou o apoio do Ministro para uma reforma abrangente no modelo comercial do setor elétrico. A associação destacou a situação de mais de 150 milhões de brasileiros presos em um mercado monopolista, sofrendo com tarifas crescentes que prejudicam o desenvolvimento econômico e social. A Abraceel defendeu que a abertura completa do mercado, sem subsídios e distorções, é vital para resgatar o chamado “Brasil Esquecido”.
Em um momento crucial para a transição energética global, a Abraceel enfatizou ao Ministro Haddad que o mercado livre desempenha um papel fundamental na expansão das energias renováveis. Com investimentos substanciais sendo realizados pelos comercializadores, a associação argumentou que oferecer escolha ao consumidor é essencial nesse cenário, destacando a necessidade de colocar o consumidor de energia elétrica no centro das decisões.
A Abraceel aproveitou a oportunidade para esclarecer as razões por trás da disparidade de preços entre o mercado livre e o mercado cativo. Destacando a flexibilidade do modelo de contratação e a liberdade de escolha do consumidor, a associação afirmou que permitir que o consumidor decida seus próprios caminhos é a solução estrutural para reduzir os preços da energia no Brasil.
Ao encerrar o encontro, a Abraceel reforçou sua posição em defesa da redução de subsídios no setor elétrico, alegando que essas medidas distorcem o mercado, elevam as tarifas e prejudicam a competitividade. A associação expressou agradecimento pela oportunidade de diálogo e se colocou à disposição do Ministério da Fazenda para colaborar ativamente na busca por uma abertura equilibrada, proporcionando acesso a uma energia elétrica mais acessível e renovável para milhões de brasileiros ainda durante este governo.