Projeto “Brasil Transparente”, da Homerun Brasil e CBPM, posiciona Belmonte como polo estratégico da indústria fotovoltaica e fortalece protagonismo baiano na transição energética global
A Bahia deu mais um passo decisivo para se consolidar como liderança nacional e internacional na transição energética. Com investimento estimado em R$ 1,8 bilhão, foi apresentado nesta segunda-feira (9), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o projeto “Brasil Transparente”, uma iniciativa da empresa Homerun Brasil em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
O empreendimento será instalado no município de Belmonte, no sul do estado, e trará para o Brasil a primeira fábrica de vidro solar fora da China. A unidade será dedicada à produção de vidros fotovoltaicos de alta performance, a partir de sílica de alta pureza, um recurso mineral encontrado exclusivamente em solo baiano.
O projeto marca um novo capítulo no processo de industrialização sustentável do estado, ao integrar inovação tecnológica, aproveitamento de recursos minerais locais e geração de valor para as cadeias de energia renovável.
Inovação que transforma território
A fábrica de vidro solar será equipada com tecnologia de ponta, colocando a Bahia no radar global da indústria solar fotovoltaica. O presidente da CBPM, Henrique Carballal, definiu a iniciativa como um marco histórico para o estado. “É uma grande oportunidade trazer para a Bahia uma indústria como essa, de alta tecnologia, que está revolucionando a transição energética. Não existe salvação para o mundo sem transição energética. E não existe transição energética sem mineração”, afirmou.
Carballal também enfatizou o papel das lideranças políticas na viabilização do projeto. Segundo ele, o apoio do governador Jerônimo Rodrigues e do prefeito de Belmonte, Iêdo Elias, foi fundamental para a concretização do investimento, que deverá alavancar a economia regional e estimular a interiorização da indústria de base tecnológica no estado.
Indústria, energia e desenvolvimento regional
Durante o evento de apresentação na FIEB, o presidente da instituição, Carlos Henrique Passos, ressaltou o impacto transformador da iniciativa para o setor industrial baiano. “Que possamos sair daqui com o conhecimento de mais um investimento importante para a Bahia e para o setor industrial em geral, porque trata de uma necessidade urgente: a transição energética”, declarou.
O investimento também foi comemorado pelas autoridades locais como um divisor de águas no desenvolvimento de Belmonte. Para o prefeito Iêdo Elias, trata-se de uma oportunidade ímpar de reconfigurar a dinâmica econômica do município. “Esse projeto não muda só a realidade de Belmonte, mas também a realidade da região”, afirmou.
A instalação da fábrica em uma cidade fora dos grandes centros industriais representa uma nova estratégia de descentralização e inclusão territorial, promovendo empregos qualificados, capacitação técnica e maior diversificação econômica.
Sustentabilidade e responsabilidade social
O CEO da Homerun Brasil, Brian Leeners, destacou os pilares de sustentabilidade e responsabilidade social do projeto. “Nossa missão é uma responsabilidade econômica, ambiental e social com o estado da Bahia. Seguiremos trabalhando para beneficiar o povo baiano e, com certeza, vamos atrair novos investimentos e oportunidades para o estado”, declarou.
Além da produção de vidro solar, o projeto inclui ações sustentáveis integradas ao processo industrial, como uso exclusivo de energia limpa, reaproveitamento de água, minimização de resíduos e a criação de um fundo de educação para qualificação profissional e inclusão produtiva da população local.
Bahia como polo estratégico da transição energética
A iniciativa “Brasil Transparente” é mais do que um projeto industrial: trata-se de um vetor estratégico para o futuro energético do país. Ao aliar tecnologia, inovação, mineração sustentável e produção nacional de insumos críticos para a transição energética, a Bahia se projeta como hub da nova economia verde brasileira.
O investimento da Homerun Brasil, em conjunto com a CBPM e o apoio do governo estadual, representa um modelo de desenvolvimento industrial de baixo carbono, que poderá ser replicado em outras regiões do país.
Com essa aposta, o estado consolida seu protagonismo nas cadeias produtivas de energia limpa, ao mesmo tempo em que fortalece sua vocação para liderar projetos de impacto ambiental positivo, socialmente inclusivos e economicamente viáveis.
