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Copel acelera reta final do Paraná Trifásico e transforma rede elétrica rural com 22 mil km de novas linhas

Maior programa de modernização elétrica rural do Brasil já alcançou 88% de execução e prepara o campo paranaense para um salto de produtividade e inovação no agronegócio

O campo paranaense está passando por uma transformação silenciosa, porém profunda, na base de sua infraestrutura energética. Com aproximadamente 22 mil quilômetros de redes trifásicas instaladas até o início de maio, o Programa Paraná Trifásico, da Copel (Companhia Paranaense de Energia), entra em sua fase final com 88% de execução concluída. Em ritmo acelerado — com a entrega de 12 km de novas redes por dia —, o projeto se firma como o maior plano de modernização elétrica rural do Brasil, com previsão de atingir 25 mil quilômetros até o segundo semestre deste ano.

Com um investimento robusto da ordem de R$ 3 bilhões, o programa representa uma virada de chave para o agronegócio paranaense. Ao substituir as antigas redes monofásicas, que já não atendem mais às exigências do campo moderno, por linhas trifásicas mais potentes, estáveis e inteligentes, a Copel posiciona o estado na vanguarda da infraestrutura energética rural.

“A energia de qualidade é vital para o produtor rural e para a agroindústria, que são motores da economia do Paraná. Este investimento atende a uma demanda histórica e está completamente alinhado à estratégia de desenvolvimento do estado, que se consolida como protagonista no cenário nacional”, destaca Daniel Slaviero, presidente da Copel.

Energia para um agronegócio cada vez mais tecnológico

A importância de uma rede elétrica mais moderna vai além da garantia de fornecimento contínuo. Ela é o alicerce para a incorporação de tecnologias agrícolas de ponta, que demandam energia estável e de alta potência para operar maquinários, sistemas automatizados, sensores e outras inovações aplicadas no campo.

Esse cenário de modernização é confirmado pelos volumes expressivos de negócios registrados nas principais feiras do setor. Em fevereiro, o Show Rural de Cascavel movimentou R$ 7 bilhões, superando em quase R$ 1 bilhão a edição anterior. Já a ExpoLondrina, realizada em abril, atingiu R$ 1,7 bilhão em negócios, crescimento que revela o apetite dos produtores paranaenses por tecnologia — e por energia à altura.

“O uso crescente de soluções tecnológicas no campo requer uma infraestrutura energética compatível. A antiga rede monofásica, pensada para um tempo em que tudo era mais simples, já não supre mais as necessidades da produção moderna. Com a rede trifásica, o Paraná dá um salto em qualidade e eficiência”, reforça Slaviero.

Tecnologia, automação e menos perdas

Além de maior estabilidade, a nova rede possibilita o uso de equipamentos modernos como os religadores automáticos, que reduzem o tempo de interrupções em casos de falhas provocadas por eventos climáticos ou acidentes, e permitem o monitoramento em tempo real. A rede trifásica também tem melhor performance para o uso de motores e geradores, e sua robustez reduz a necessidade de dispositivos auxiliares.

O impacto é direto na produtividade e na redução de perdas causadas por quedas de energia. E, conforme a Copel, o cronograma está sendo seguido com rigor. Somente em 2024 foram instalados 5.200 km de redes trifásicas, com um ritmo de 14,4 km por dia.

Panorama regional da expansão

O avanço do Paraná Trifásico se dá em todas as regiões do estado. O Centro-Sul lidera em extensão com 5.158 km de redes, com destaque para municípios como Prudentópolis (280 km), Reserva (278 km) e Castro (251 km).

Na sequência, estão o Oeste, com 4.374 km (Cascavel liderando com 320 km), o Noroeste com 3.609 km (Umuarama com 138 km), o Norte com 3.085 km (Cândido de Abreu com 241 km), o Sudoeste com 2.933 km (Francisco Beltrão com 242 km) e o Leste, com 2.682 km (Lapa com 349 km). Guaratuba, no Litoral, lidera na região costeira com 98 km de redes trifásicas.

Rumo a um novo padrão de energia no campo

O Paraná Trifásico representa uma base sólida para o futuro do agronegócio paranaense. Em um cenário em que o campo se torna cada vez mais conectado, automatizado e exigente em termos de infraestrutura, a energia elétrica passa a ser um diferencial competitivo. E, com a nova rede trifásica, o Paraná mostra que está pronto para alimentar a produtividade, a inovação e o desenvolvimento sustentável do seu principal setor econômico.

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