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Governo do ES firma contratos para locação de mini usinas solares em órgãos públicos

Iniciativa contempla mais de 500 unidades consumidoras e promove economia de R$ 522 mil por ano com energia limpa e redução de emissões de CO²

O Governo do Espirito Santo deu um passo significativo rumo à transição energética e à modernização da gestão pública ao assinar, nesta segunda-feira (05), contratos para a locação de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. A medida atende a mais de 500 unidades consumidoras de baixa tensão pertencentes a 11 órgãos do Poder Executivo Estadual e reforça o compromisso da administração pública com a sustentabilidade ambiental, a eficiência energética e a economia de recursos públicos.

A contratação, fruto de processo licitatório já concluído, representa um investimento total de aproximadamente R$ 38 milhões e terá vigência máxima de 120 meses. Os contratos preveem a geração de 8.400 MWh/ano por meio de mini usinas solares, montante suficiente para suprir a demanda energética de escolas, unidades de saúde, delegacias, departamentos administrativos e outras instalações públicas distribuídas entre os seguintes órgãos: secretarias da Educação (Sedu), da Saúde (Sesa), da Justiça (Sejus), de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) e de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), além da Polícia Militar (PMES), Polícia Civil (PCES), Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), Instituto de Meio Ambiente (Iema), Instituto de Previdência dos Servidores (IPAJM) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran|ES).

Economia e sustentabilidade como eixos estratégicos

Segundo estimativas do governo, a substituição parcial da matriz energética atual por energia solar possibilitará uma economia anual de cerca de R$ 522 mil, contribuindo para a redução da despesa com energia elétrica nas estruturas da administração estadual. Paralelamente, os impactos ambientais positivos também são expressivos: a iniciativa permitirá uma redução estimada de 5,8 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO²) por ano — o equivalente ao plantio de 41,4 mil árvores, cobrindo uma área semelhante à de 35 estádios do porte do Kleber Andrade, em Cariacica.

O governador destacou que a ação integra uma política mais ampla voltada à descarbonização e à eficiência da máquina pública. “Esse é um passo importante que mostra o compromisso do Governo com a sustentabilidade. Assinamos agora esses contratos de locações de mini usinas para atender energia de baixa tensão e, em breve, vamos fazer o anúncio para média tensão. Estamos também incentivando o uso do etanol na frota estadual, e queremos migrar completamente para fontes renováveis”, afirmou.

Prazo de implementação e impacto institucional

As empresas contratadas terão até 12 meses para iniciar o fornecimento efetivo de energia solar para as unidades consumidoras. A expectativa é que, além da economia direta e da redução das emissões de gases de efeito estufa, a medida incentive uma cultura institucional de responsabilidade ambiental entre os órgãos públicos.

O secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon, reforçou a relevância estratégica da ação. “Essa contratação representa um avanço significativo. Além da economia financeira, estamos promovendo a sustentabilidade, contribuindo para a preservação ambiental e incentivando o uso mais consciente da energia. É uma medida que dialoga com as metas de modernização da administração pública e com os compromissos assumidos pelo Estado em relação às mudanças climáticas”, declarou.

Fortalecimento da transição energética no setor público

A locação de mini usinas solares pelo Governo do ES é mais um exemplo de como a inovação e a sustentabilidade podem caminhar juntas na gestão pública. Ao substituir progressivamente a matriz elétrica convencional por fontes limpas, o Estado não apenas reduz custos operacionais, mas também contribui de forma direta para os compromissos nacionais e internacionais de mitigação das mudanças climáticas.

A expectativa é que, após a consolidação do fornecimento para as unidades de baixa tensão, novos contratos sejam firmados para atender às demandas de média tensão, ampliando ainda mais os benefícios econômicos e ambientais da medida. Com essa iniciativa, o Estado se posiciona como referência na adoção de energia renovável no setor público, alinhando suas ações aos princípios da governança sustentável e da inovação na gestão.

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