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Angra 2 segue segura: CNEN rebate alegações e reforça monitoramento rigoroso da usina nuclear

Órgão regulador garante transparência e destaca que o vazamento interno está sob controle, sem risco à população ou ao meio ambiente

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) veio a público para reafirmar a segurança operacional da usina nuclear de Angra 2, rebatendo alegações de falta de transparência divulgadas em matéria recente do portal R7. Segundo o órgão regulador, não há risco à população ou ao meio ambiente, e o monitoramento das operações segue sendo realizado de forma rigorosa e contínua.

O posicionamento da CNEN foi divulgado em uma Nota de Esclarecimento, que detalha as medidas adotadas desde a detecção do problema, ocorrido em dezembro de 2024. O evento em questão trata de um vazamento interno no primeiro selo do vaso do reator, algo que, segundo a comissão, está previsto nos protocolos da usina e não compromete a segurança da instalação.

Monitoramento constante e padrões internacionais de segurança

O sistema nuclear da usina conta com múltiplas camadas de proteção. No caso específico de Angra 2, o vaso do reator possui um sistema de dupla vedação, garantindo que eventuais vazamentos internos não tenham impacto na segurança da operação.

De acordo com a CNEN, o segundo selo do vaso do reator segue íntegro e cumprindo sua função de impedir qualquer liberação de água contaminada para fora do circuito primário. A comissão também destacou que situação semelhante já ocorreu em 2010, sendo tratada dentro dos procedimentos técnicos adotados internacionalmente para esse tipo de instalação.

Os inspetores da CNEN trabalham 24 horas por dia na usina, acompanhando cada detalhe do funcionamento da planta. Além disso, um relatório diário chamado Relatório de Atividades e Situação Operacional (RASO) é emitido pelo Distrito de Angra dos Reis (DIANG), garantindo um fluxo contínuo de informações sobre as condições da usina.

“A sociedade pode ter plena certeza de que o Brasil conta com um órgão regulador rigoroso e incansável em sua missão de zelar pela segurança nuclear, garantindo a proteção da população e do meio ambiente com transparência e responsabilidade”, reforçou a CNEN na nota oficial.

Segurança nuclear no Brasil: estrutura, fiscalização e transparência

A CNEN ressaltou que o Brasil segue os mais rígidos protocolos internacionais de segurança para usinas nucleares. O país é signatário de acordos internacionais e adota práticas alinhadas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), garantindo que todas as operações estejam dentro dos parâmetros de segurança globalmente estabelecidos.

Além do acompanhamento diário feito pelos inspetores residentes, a Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS) realiza auditorias regulares para garantir que os estoques de peças sobressalentes estejam em conformidade com as necessidades operacionais. Isso assegura que eventuais reposições possam ser feitas com agilidade e segurança, sem comprometer o funcionamento da usina.

A CNEN também destacou que pequenos vazamentos internos podem ocorrer em usinas desse porte sem que isso represente qualquer risco operacional. Essas situações são comuns em instalações nucleares de alta complexidade, como Angra 1 e Angra 2, e são tratadas conforme protocolos internacionais.

Energia nuclear e a importância da informação transparente

O debate sobre a energia nuclear no Brasil tem ganhado força nos últimos anos, especialmente diante da necessidade de diversificação da matriz energética e do aumento da demanda por fontes confiáveis e limpas. Angra 1 e Angra 2, além da futura Angra 3, representam uma parte essencial da infraestrutura elétrica do país, fornecendo energia de forma contínua e sem emissões de carbono.

A CNEN reforça que todas as informações sobre o funcionamento das usinas são acessíveis e transparentes, e que a segurança dos trabalhadores, da população e do meio ambiente é prioridade absoluta. O órgão mantém um canal aberto para esclarecer dúvidas e garantir que o debate sobre energia nuclear no Brasil seja pautado pela informação precisa e baseada em dados técnicos confiáveis.

Com um monitoramento constante, protocolos internacionais de segurança e fiscalização rigorosa, a usina de Angra 2 segue operando com total confiabilidade, reforçando a importância da energia nuclear como parte da matriz energética do país.

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