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ONS revisa para cima crescimento da demanda por energia e aponta impacto do calor intenso

ONS projeta alta de 6,5% no consumo de eletricidade em fevereiro, com recordes de carga no Sudeste/Centro-Oeste

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou novamente para cima sua projeção de crescimento da carga de energia no Brasil em fevereiro, estimando agora uma alta de 6,5% em relação ao mesmo mês de 2024. Com isso, a demanda deve atingir 88.670 megawatts (MW) médios, superando a previsão anterior de 5,8% divulgada na semana passada.

O aumento da projeção reflete o impacto direto das temperaturas elevadas que têm atingido diversas regiões do país, intensificando o uso de aparelhos de refrigeração, como ar-condicionado e ventiladores. Esse fator foi determinante para que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior consumidor de energia do país, atingisse um novo recorde histórico de carga instantânea, registrando 54.599 MW médios nesta semana.

Temperaturas elevadas pressionam o sistema elétrico

A forte demanda por eletricidade observada neste mês está diretamente relacionada às ondas de calor que marcaram o verão de 2025. Estados do Sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, têm registrado temperaturas acima da média histórica, o que eleva significativamente o consumo de energia.

De acordo com especialistas do setor elétrico, essa tendência de crescimento do consumo exige maior atenção ao planejamento da oferta de eletricidade, garantindo que o sistema continue operando com segurança e estabilidade diante de picos de demanda inesperados.

Impactos nas hidrelétricas e previsão de chuvas

Além da revisão da carga de energia, o ONS também ajustou suas projeções para a afluência de chuvas que chegam às hidrelétricas brasileiras. Houve aumento das previsões para o volume de precipitações nas regiões Sudeste/Centro-Oeste (85% da média histórica, ante 84% na semana passada), Sul (86%, ante 81%) e Norte (112%, ante 111%). No entanto, o Nordeste apresentou uma redução na expectativa de chuvas, passando de 90% para 87% da média histórica.

Esse cenário reforça a importância da diversificação da matriz energética, uma vez que o país ainda depende significativamente da geração hidrelétrica.

Outra preocupação apontada pelo ONS é o nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, principal região de armazenamento de energia do Brasil. A estimativa atual indica que eles devem encerrar fevereiro com 69,7% de sua capacidade total, abaixo dos 70,5% previstos anteriormente.

Perspectivas para o setor elétrico

A revisão dos números pelo ONS confirma que o setor elétrico brasileiro enfrenta novos desafios com a intensificação de eventos climáticos extremos, como ondas de calor prolongadas e períodos de seca em algumas regiões.

Com o aumento da demanda e a dependência da geração hidrelétrica, o uso de fontes complementares, como energia solar, eólica e térmica, torna-se cada vez mais essencial para garantir a segurança energética do país.

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