Estudo da EPE aponta necessidade de modernização para garantir confiabilidade no fornecimento de energia e atender ao crescimento da demanda na região central do estado
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de divulgar o Estudo de Atendimento às Cargas da Região Central do Mato Grosso – Parte I, um levantamento detalhado que aponta a necessidade de reforços estruturais e modernizações na rede elétrica para acompanhar o crescente consumo de energia no estado. O estudo propõe a ampliação e atualização de subestações estratégicas em municípios como Brasnorte, Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, garantindo mais eficiência e segurança no fornecimento de eletricidade.
Os investimentos recomendados somam R$ 370,95 milhões e visam tanto às demandas imediatas quanto à expansão do setor energético para suportar o crescimento econômico da região. O estudo foi desenvolvido com a colaboração da Energisa Mato Grosso e da Eletrobras, que forneceram dados essenciais para a análise técnica.
Modernização para acompanhar o crescimento
O Mato Grosso tem experimentado um dos crescimentos econômicos mais expressivos do Brasil, impulsionado principalmente pelo agronegócio, pela industrialização crescente e pela expansão de novos empreendimentos. Esse desenvolvimento tem elevado significativamente a demanda por energia, tornando essencial a modernização da infraestrutura elétrica.
Entre as principais intervenções propostas pela EPE estão a instalação de transformadores de maior capacidade, substituições de equipamentos antigos e expansão dos barramentos nas subestações já existentes. Essas ações permitirão maior eficiência na distribuição de energia e evitarão sobrecargas durante os períodos de maior consumo.
“As melhorias recomendadas vão aumentar a capacidade do sistema elétrico, reduzindo riscos de quedas de energia e garantindo um fornecimento mais seguro e confiável para a população e para os setores produtivos da região”, afirma o relatório da EPE.
Menos impacto ambiental e mais eficiência
Além da ampliação da capacidade elétrica, o estudo também aponta estratégias para minimizar impactos ambientais e otimizar custos. A abordagem da EPE prioriza o aproveitamento de estruturas já existentes, reduzindo a necessidade de novas construções e, consequentemente, os impactos ambientais associados a elas.
A modernização das subestações será essencial para acompanhar a expansão da indústria e do agronegócio no Mato Grosso, setores que demandam um fornecimento energético cada vez mais robusto e estável. Segundo especialistas, investimentos nessa área são fundamentais para garantir que a infraestrutura elétrica não se torne um gargalo para o desenvolvimento econômico da região.
Próximos passos
As obras recomendadas pelo estudo da EPE devem ser detalhadas e planejadas nos próximos meses, com previsão de implementação gradual. A expectativa é que essas melhorias garantam não apenas uma solução para os desafios atuais, mas também uma base sólida para o crescimento futuro do estado, permitindo novas conexões de consumidores residenciais, comerciais e industriais com mais eficiência.
O Mato Grosso segue como um dos polos mais promissores do Brasil, e a expansão da infraestrutura energética será um passo fundamental para garantir que o desenvolvimento continue sem entraves.