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Brasil Retorna à IRENA e Lança Iniciativas Estratégicas para a Transição Energética Global

Anúncio do ministro Alexandre Silveira em Abu Dhabi fortalece o papel do país na agenda mundial de energias renováveis e impulsiona novos projetos estratégicos

O Brasil reafirmou seu protagonismo na transição energética global ao anunciar, no último sábado (11/1), a retomada do processo de adesão à Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). A declaração foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante evento da entidade em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O anúncio ocorre em um momento estratégico para o país, que busca fortalecer sua posição no cenário internacional de energia limpa, consolidando-se como referência no setor.

“O Brasil, ao retomar o processo de adesão à IRENA, reafirma sua determinação em ser protagonista na agenda global de transição energética”, declarou Silveira. Segundo ele, a iniciativa é essencial para intensificar a colaboração com a comunidade internacional e acelerar o desenvolvimento de soluções sustentáveis para o futuro do planeta.

Alinhamento com metas globais

A adesão à IRENA, que havia sido interrompida no governo anterior, é vista como um marco importante para o Brasil. A agência, composta por 170 países e a União Europeia, promove a expansão de energias renováveis como alternativa às fontes fósseis, reforçando o compromisso global no combate às mudanças climáticas.

A decisão brasileira também está alinhada à liderança exercida pelo país na presidência do G20 em 2024, durante a qual foi proposta a criação da Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética. Silveira entregou, em Abu Dhabi, uma carta oficial convidando a IRENA para secretariar a iniciativa, que será lançada oficialmente no Rio de Janeiro, em junho.

“Nosso objetivo é promover um planejamento energético integrado e sustentável, garantindo acesso universal a fontes de energia limpa e renovável, sem comprometer a segurança energética dos países,” explicou o ministro.

Reconhecimento internacional

No domingo (12/1), o Brasil foi destacado como um dos líderes globais na transição energética durante a 15ª Assembleia Geral da IRENA. O ministro Silveira participou do painel principal do evento, onde destacou os avanços na matriz energética brasileira, composta por mais de 90% de fontes renováveis, incluindo hidrelétrica, eólica, solar e biomassa.

“Esse reconhecimento demonstra que o Brasil está na vanguarda da transição energética. Nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo, e queremos continuar a contribuir para o planejamento energético global por meio de iniciativas conjuntas com a IRENA e outros parceiros,” afirmou.

Silveira também destacou a importância da COP 30, que será sediada no Brasil, para impulsionar os compromissos internacionais relacionados à energia limpa e sustentável. Ele reforçou a necessidade de investimentos mais significativos por parte dos países ricos para financiar a transição energética nos países em desenvolvimento.

Projetos estratégicos e avanços tecnológicos

Durante o painel “Acelerando a transição para as energias renováveis – O caminho a seguir”, o ministro apresentou iniciativas brasileiras como o programa Combustível do Futuro, focado no desenvolvimento de biocombustíveis; o Luz para Todos, que amplia o acesso à eletricidade em áreas remotas; e o Energias da Amazônia, que busca preservar a floresta enquanto promove soluções sustentáveis.

Além disso, Silveira comemorou a sanção da Lei das Eólicas Offshore, que estabelece um marco regulatório para a exploração de energia eólica no mar. Segundo ele, essa nova legislação amplia o potencial do Brasil na geração de energia renovável e atrai investimentos internacionais.

O diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, elogiou as políticas públicas brasileiras, destacando o impacto da Medida Provisória 1212, que mobilizou mais de R$ 100 bilhões em investimentos no setor. “O Brasil tem demonstrado liderança não apenas em sua matriz energética limpa, mas também em suas políticas inovadoras que podem servir de modelo para outros países,” afirmou.

O Brasil como protagonista na transição energética

Com a retomada da adesão à IRENA, o Brasil se posiciona como peça-chave no cenário global de energia renovável. O país não apenas lidera pela eficiência de sua matriz energética, mas também pelo desenvolvimento de políticas que promovem inclusão social e sustentabilidade.

“Queremos que a transição energética seja justa, inclusiva e equilibrada, gerando empregos e oportunidades econômicas, enquanto combatemos a pobreza energética no Sul Global,” concluiu Silveira.

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