Com 11,57 GW de potência fiscalizada, estado ultrapassa Belo Monte, impulsiona empregos e atrai investimentos bilionários no setor de energia renovável
Minas Gerais atingiu um marco histórico na transição energética brasileira ao alcançar 11,57 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar fotovoltaica. Esse número não apenas supera a capacidade instalada da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (11,2 GW), no Pará, como também posiciona o estado como referência no uso de fontes renováveis.
Esse desempenho impressionante é resultado de políticas públicas estruturadas e parcerias estratégicas entre o governo e o setor privado. Desde 2019, o programa Sol de Minas tem impulsionado a energia solar em todo o estado, por meio de incentivos fiscais e da promoção de projetos de geração distribuída.
O governador Romeu Zema destaca que a priorização do tema climático e energético tem sido central para os avanços do setor. “Desde a criação do programa, os investimentos privados saltaram de R$ 6,9 bilhões e 371 empregos para mais de R$ 80 bilhões e 7,6 mil empregos, diretos e indiretos”, explica Zema, ressaltando o impacto econômico e social dessa transformação.
Liderança nacional e impacto local
Com 11,57 GW, Minas Gerais responde por 22,11% de toda a produção de energia solar do Brasil, que totaliza 52,32 GW, considerando geração centralizada e distribuída. No contexto nacional, o estado lidera a geração centralizada, com 7,19 GW – 41,16% do total produzido no país. Na geração distribuída, com 4,38 GW, ocupa o segundo lugar, ficando atrás apenas de São Paulo.
O impacto dessas políticas é sentido diretamente nas comunidades. A agricultora Mari Aline Coleto, de Jaíba, no Norte de Minas, alugou parte de sua propriedade para a instalação de uma unidade de geração solar. “Além da renda do aluguel, também mantemos a criação de aves, e o trabalho gerado pela instalação e manutenção das placas trouxe uma nova fonte de renda para as famílias da comunidade”, relata.
Investimentos recordes e geração de empregos
Em 2024, Minas formalizou R$ 6 bilhões em 17 novos projetos, distribuídos por 12 municípios, com a previsão de gerar 679 empregos diretos. Fernando Passalio, secretário de Desenvolvimento Econômico, enxerga o estado na vanguarda da transição energética.
“Nossa gestão busca unir crescimento econômico, geração de empregos e responsabilidade ambiental. Estamos transformando Minas Gerais em um modelo para o Brasil no que diz respeito à energia renovável”, enfatiza Passalio.
Além disso, o programa Sol de Minas desempenha um papel central no combate às desigualdades sociais, promovendo inclusão por meio da geração de emprego e renda, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade econômica.
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, a expansão da energia solar também traz desafios. É necessário fortalecer a infraestrutura elétrica e expandir o acesso ao crédito para pequenos produtores e empreendedores que desejam investir em sistemas de geração distribuída.
Ainda assim, o cenário é promissor. Minas Gerais não apenas lidera a transição energética no Brasil, mas também aponta caminhos para um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
“Estamos consolidando uma matriz energética mais limpa e renovável, enquanto geramos oportunidades para os mineiros. Essa é a verdadeira transição energética que queremos para o estado e para o país”, conclui o governador Zema.