CMSE Aprova Curvas de Referência para 2025 e Fortalece Segurança Energética no Brasil

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Nova ferramenta estratégica aprimora gestão do Sistema Interligado Nacional e reforça a expansão de fontes renováveis no país

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou, nesta quarta-feira (4), as Curvas Referenciais de Armazenamento (CREF) para 2025. A medida, considerada essencial para a gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN), tem como objetivo monitorar de forma mais eficaz as condições de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas, possibilitando a rápida identificação de cenários críticos e a adoção de medidas para garantir o suprimento de energia no país.

A CREF, dividida em três faixas — verde, amarela e vermelha —, reflete diferentes níveis de criticidade no armazenamento e direciona o montante de geração termelétrica necessário para assegurar o abastecimento, mesmo diante de condições hidrometeorológicas adversas. Este ano, a ferramenta manteve as metodologias utilizadas na versão de 2024, reforçando a previsibilidade e a estabilidade regulatória no setor elétrico.

Previsibilidade e Planejamento Estratégico

O uso das CREF está alinhado à busca por decisões fundamentadas no setor elétrico, permitindo um planejamento eficiente e econômico. A metodologia aprovada para 2025 reforça o foco na utilização de recursos termelétricos, análise de custos e busca por alternativas renováveis para mitigar riscos ao sistema energético. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve concluir a Nota Técnica sobre a ferramenta, disponibilizando os detalhes aos agentes do setor nos próximos dias.

Na reunião, o ONS também destacou a importância das condições hidrometeorológicas para o planejamento energético. Em novembro, foi registrada precipitação superior à média em regiões estratégicas, como Sudeste e Centro-Oeste, marcando o início do período chuvoso. Apesar disso, subsistemas como Norte e Nordeste apresentaram Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da Média de Longo Termo (MLT). Para dezembro, as previsões indicam desafios em alguns subsistemas, exigindo maior atenção do CMSE.

Fontes Renováveis em Destaque

O desempenho das fontes renováveis no Brasil foi outro ponto alto da reunião. Em novembro, 87% de toda a geração de energia elétrica do SIN veio de fontes renováveis, com recordes de geração eólica no Nordeste e geração solar fotovoltaica nas regiões Norte e Sudeste/Centro-Oeste. Esses avanços consolidam o papel das energias renováveis na matriz energética brasileira e reforçam a relevância do gás natural como elemento complementar para a confiabilidade do sistema.

A expansão da capacidade instalada também foi significativa: 950 MW de nova geração centralizada, 412 km de linhas de transmissão e 5.731 MVA de capacidade de transformação foram adicionados ao SIN em novembro. No acumulado de 2024, a expansão totalizou mais de 10 GW de capacidade instalada de geração, consolidando um ano de avanços expressivos para o setor elétrico.

Segurança Energética

Com as novas Curvas Referenciais de Armazenamento, o CMSE reforça sua competência legal de monitorar continuamente as condições de abastecimento energético no Brasil. A ferramenta estratégica não só promove a previsibilidade, como também aprimora a capacidade de resposta a cenários críticos.

Além disso, foi aprovado o calendário de reuniões do CMSE para 2025, que garantirá uma abordagem sistemática e ágil para enfrentar os desafios do setor. O compromisso do comitê com a expansão sustentável e a adoção de novas tecnologias reafirma a posição do Brasil como líder global em energia renovável.

Expansão e Desafios Futuros

O balanço de novembro também trouxe previsões para o desempenho energético em dezembro. No cenário mais favorável, espera-se que a Energia Armazenada (EAR) do SIN alcance 49,7% da capacidade máxima, enquanto no cenário menos otimista, o índice pode chegar a 42,8%. Esses dados destacam a importância de um planejamento robusto e da diversificação da matriz energética para enfrentar condições hidrometeorológicas adversas.

Com recordes de geração renovável, avanços na infraestrutura e ferramentas estratégicas como as CREF, o Brasil está cada vez mais preparado para equilibrar segurança energética, sustentabilidade e expansão econômica.

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