Ação na Subestação Pacatuba aumenta capacidade de escoamento de energia renovável, beneficiando o sistema elétrico nacional
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em parceria com as transmissoras Dunas, STN e Chesf, concluiu nesta semana uma ação estratégica de seccionamento de linha de transmissão em 500 kV, visando a modernização e expansão da infraestrutura eletroenergética brasileira. O seccionamento foi realizado na Subestação Pacatuba, localizada no Ceará, e resultou na criação de duas novas linhas de transmissão, fortalecendo a rede de distribuição de energia elétrica da região Nordeste.
Essa operação técnica envolveu a Linha de Transmissão Fortaleza II – Pecém II C1, que foi dividida para formar as linhas Fortaleza II – Pacatuba e Pecém II – Pacatuba. A conclusão dessa etapa permitiu a energização, na madrugada do dia 16 de outubro de 2024, da nova Linha de Transmissão Jaguaruana II – Pacatuba, com uma tensão de 500 kV. Esse empreendimento é essencial para o aumento da capacidade de escoamento da geração eólica e solar fotovoltaica do subsistema Nordeste para outras regiões do Brasil.
Capacidade de Escoamento Ampliada
Com a realização dessa operação, a expectativa é que a capacidade de escoamento de energia renovável do Nordeste aumente significativamente, passando dos atuais 11.600 MW para 13.000 MW. Esse incremento é fundamental para a inserção de energia limpa no Sistema Interligado Nacional (SIN), garantindo o fornecimento de eletricidade de fontes sustentáveis a um número ainda maior de consumidores em todo o Brasil.
O projeto reforça a posição estratégica do Nordeste como polo de produção de energia eólica e solar, cujas condições naturais são propícias para o desenvolvimento dessas fontes renováveis. A elevação da capacidade de escoamento contribui para o equilíbrio da matriz energética nacional, reduzindo a dependência de fontes não renováveis e promovendo a sustentabilidade ambiental.
Importância do Seccionamento
O seccionamento de linhas de transmissão é uma manobra técnica que visa dividir uma linha já existente, criando novos trechos para otimizar o fluxo de energia entre subestações. No caso da Subestação Pacatuba, a divisão da linha Fortaleza II – Pecém II permitiu a formação de duas novas linhas que agora conectam Pacatuba tanto a Fortaleza quanto a Pecém, aumentando a flexibilidade do sistema elétrico na região.
Além disso, a energização da Linha Jaguaruana II – Pacatuba foi um marco importante para garantir o fluxo contínuo de eletricidade das usinas eólicas e solares para outras áreas do país. A operação aumenta a confiabilidade do sistema e prepara a infraestrutura para suportar um volume maior de energia gerada por essas fontes limpas.
Compromisso com a Modernização Energética
A ANEEL destaca que a conclusão do seccionamento é parte de uma estratégia maior de modernização e expansão da rede elétrica nacional, com foco no aumento da segurança energética e no fortalecimento da infraestrutura para absorção da crescente oferta de energia renovável. Esse movimento é crucial não apenas para garantir a eficiência no escoamento de energia, mas também para alinhar o desenvolvimento energético do Brasil com as metas globais de sustentabilidade e redução de emissões de carbono.
Com a demanda por energia renovável crescendo no Brasil e no mundo, a ANEEL tem trabalhado para assegurar que o país esteja preparado para essa nova era de transição energética. A infraestrutura robusta é essencial para que a energia gerada no Nordeste — uma das regiões mais promissoras em termos de geração solar e eólica — possa chegar com eficiência aos principais centros de consumo do país.
Sustentabilidade e Segurança Energética
O desenvolvimento e expansão da infraestrutura de transmissão de energia é vital para garantir que o Brasil continue avançando em direção a uma matriz energética mais limpa e equilibrada. A integração de grandes volumes de energia renovável ao SIN exige investimentos constantes em redes de transmissão modernas e eficientes, capazes de garantir a segurança energética em todos os momentos.
A conclusão do seccionamento na Subestação Pacatuba e a energização da Linha Jaguaruana II – Pacatuba são passos importantes para garantir que a energia produzida no Nordeste seja distribuída de forma estável e eficiente, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e promovendo uma maior segurança energética para o país.
