Crescimento de 4% na Carga de Energia do SIN: Nordeste Lidera Expansão em Agosto de 2024

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Carga total atinge 75.978 MWmed; Sudeste/Centro-Oeste e Sul também apresentam aumento, refletindo a demanda crescente no setor energético brasileiro

A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 75.978 MWmed em agosto de 2024, marcando um crescimento de 4% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados, divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), revelam uma trajetória de expansão que se mantém robusta, especialmente quando analisada sob a ótica do acumulado nos últimos 12 meses, que apresentou uma impressionante alta de 7,8%.

Desempenho Regional

Ao se aprofundar na análise regional, observa-se que todas as áreas do país contribuíram para esse crescimento, refletindo uma demanda crescente por energia elétrica. O Nordeste se destacou como a região com maior aumento percentual, registrando uma elevação de 8,7% e atingindo uma carga média de 12.855 MWmed. O Norte também apresentou um desempenho notável, com um crescimento de 7,7%, totalizando 8.093 MWmed.

O Sul, por sua vez, teve um aumento de 4,5%, com 12.838 MWmed, enquanto o Sudeste/Centro-Oeste, a maior região em termos de carga, viu um crescimento de 1,8%, atingindo 42.192 MWmed. Essa diversidade no crescimento das regiões indica uma recuperação econômica e um aumento na demanda por energia elétrica em diferentes setores.

Acumulados dos Últimos 12 Meses

Nos acumulados dos últimos 12 meses, o crescimento foi igualmente significativo. O Norte liderou com uma alta de 9,8%, seguido pelo Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, ambos com 8,1%, e o Sul com 5,7%. Esses números reforçam a ideia de que o setor energético brasileiro está em um ciclo de expansão, refletindo tanto a recuperação econômica quanto as novas demandas por energia.

Fatores que Influenciam o Crescimento

Vários fatores podem explicar essa trajetória de crescimento. Em agosto de 2024, as temperaturas no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul foram menos intensas em comparação ao ano anterior, o que pode ter influenciado a demanda de energia, uma vez que temperaturas extremas geralmente elevam o consumo de eletricidade, especialmente em climatização e resfriamento. Além disso, agosto de 2024 contou com 22 dias úteis, um a menos do que em agosto de 2023, um detalhe que também pode ter impactado os resultados finais.

É importante considerar que a recuperação econômica após a pandemia de COVID-19 está levando a um aumento na produção industrial e no consumo residencial, o que tem refletido diretamente na demanda por energia. O cenário atual sugere que a tendência de crescimento na carga de energia deve continuar, à medida que o Brasil avança em sua transição energética e aumenta a capacidade de geração, especialmente em fontes renováveis.

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