Rio de Janeiro entre os 10 estados que mais expandiram a Geração Distribuída em 2024

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Estado adicionou 138 MW em potência solar no primeiro semestre e se destaca em um mercado que movimentou R$ 11 bilhões no Brasil

O mercado de Geração Distribuída (GD) solar no Brasil continua avançando rapidamente, com investimentos robustos e um número crescente de consumidores adotando a energia fotovoltaica. No primeiro semestre de 2024, o país registrou um investimento de R$ 11 bilhões, consolidando-se como uma das maiores potências globais no setor. Segundo o Estudo Estratégico de Geração Distribuída, conduzido pela consultoria Greener, o Brasil atingiu a impressionante marca de 2,7 milhões de unidades consumidoras conectadas à GD, com 99,6% dos municípios brasileiros possuindo pelo menos um sistema de energia solar instalado.

Nesse cenário, o Rio de Janeiro se destacou ao figurar entre os dez maiores estados em adição de potência por meio de sistemas de energia solar GD. Entre janeiro e junho de 2024, o estado adicionou 138 MW de potência, representando um investimento estimado em R$ 400 milhões. Além disso, o Rio de Janeiro também registrou a implementação de 15 MW em empreendimentos de mini Geração Distribuída (mini GD), sistemas com capacidade superior a 75 kWp, demonstrando um avanço significativo tanto para consumidores residenciais quanto comerciais.

Expansão da Geração Distribuída no Brasil

A classe residencial foi um dos grandes destaques no período, retomando o crescimento impulsionada pela combinação de fatores econômicos favoráveis, como a queda nas taxas de juros e a redução nos preços dos sistemas fotovoltaicos. Entre janeiro e junho, os preços dos sistemas residenciais e comerciais (até 75 kWp) diminuíram em média 6%, enquanto os sistemas de maior porte, acima de 150 kWp, registraram uma queda de 15%.

Esses fatores contribuíram para a aceleração da demanda, sobretudo em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, que historicamente lideram o mercado de GD. A diminuição no preço dos módulos fotovoltaicos, que são um dos principais componentes dos sistemas solares, foi um dos pontos decisivos para essa queda nos custos.

Além disso, o estudo da Greener revelou que o formato de financiamento foi crucial para impulsionar as vendas no primeiro semestre, representando 51% das transações realizadas no período. A redução das taxas de juros, aliada à maior oferta de crédito por parte dos bancos, possibilitou que mais consumidores tivessem acesso a soluções de energia solar, tanto para uso residencial quanto para empreendimentos comerciais.

Mercado de Importação e Retorno sobre o Investimento

Outro dado relevante apontado no estudo foi o recorde de importação de módulos fotovoltaicos no Brasil, que atingiu a marca de 10,7 GW nacionalizados no primeiro semestre de 2024, o maior volume já registrado para um período de seis meses. Desses, 7,5 GW (70%) foram destinados ao mercado de GD, reforçando o crescimento da modalidade e sua importância para o setor energético brasileiro.

Grande parte desses módulos importados foi direcionada a projetos de geração compartilhada e autoconsumo remoto, modalidades que permitem que consumidores se unam em consórcios para compartilhar a energia gerada por uma única usina solar. Esse modelo tem ganhado destaque em função de sua flexibilidade, permitindo que pequenos e médios consumidores participem da geração solar sem precisar de uma instalação própria.

Além disso, o retorno sobre o investimento (ROI) para os sistemas solares também melhorou de forma significativa. O payback para instalações residenciais, ou seja, o tempo necessário para o sistema solar se pagar, reduziu em média 10% no comparativo de junho em relação a janeiro. Essa redução foi motivada pela diminuição nos custos dos equipamentos, o que torna a GD uma alternativa ainda mais atrativa para os consumidores que buscam economizar na conta de luz e adotar uma solução sustentável.

Perspectivas para o Futuro

O CEO da Greener, Marcio Takata, ressaltou que o mercado enfrentou um período desafiador em 2023, após mudanças regulatórias que impactaram a demanda, mas destacou que 2024 trouxe uma recuperação sólida, com uma forte tendência de crescimento para os próximos semestres. “Tivemos uma importante recuperação do mercado nos seis primeiros meses deste ano. O mesmo período referente a 2023, que veio logo após a mudança regulatória, foi bastante desafiador em termos de demanda, tanto para os clientes da classe residencial quanto comercial. A tendência é de que essa aceleração se mantenha para os próximos semestres”, afirmou Takata.

Com o avanço contínuo da GD, o Brasil segue consolidando sua posição como líder global no mercado de energia solar, e estados como o Rio de Janeiro continuam desempenhando um papel fundamental na expansão dessa fonte renovável.

O Estudo Estratégico de Geração Distribuída de 2024, que traz uma análise detalhada do desempenho do mercado no primeiro semestre, pode ser acessado gratuitamente no site da Greener, oferecendo uma visão abrangente sobre as tendências e projeções para o setor nos próximos anos.

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