Pré-estreia no CRV reúne personagens históricos, diretores e convidados em noite de nostalgia e celebração
Na noite da última quinta-feira (25), o auditório do Centro de Recepção dos Visitantes (CRV) da Itaipu Binacional se transformou em um verdadeiro cinema para a pré-estreia do aguardado documentário sobre os 50 anos da usina. Com a exibição dos quatro primeiros episódios de uma série de oito, o evento emocionou uma plateia composta por personagens históricos da usina, diretores, empregados e convidados. Novas exibições já estão programadas para Curitiba, em 6 de agosto, e Brasília, no dia 13 de agosto.
Ao entrar no auditório, o público foi convidado a atravessar um portal que os levava ao “Cine Itaipu”. Cada detalhe foi pensado para criar uma experiência cinematográfica completa, desde as cadeiras com o nome do filme até uma bomboniere oferecendo pipoca e refrigerante. Após a sessão, um coquetel comemorativo selou a noite de celebração.
Uma Viagem Emocionante pelo Passado de Itaipu
Os quatro episódios exibidos, cada um com cerca de 20 minutos, traçam uma linha do tempo da história de Itaipu desde os anos 70. O primeiro episódio, “Antes da Explosão”, retrata a Foz do Iguaçu antes do início da construção da usina. “Estamos Chegando” presta uma homenagem aos trabalhadores que participaram da construção. “Faça-se a luz” aborda a produção de energia e a instalação das primeiras máquinas, enquanto “Arca de Noé” foca nos cuidados ambientais, destacando a operação Mymba-Kuera.
Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, destacou a importância histórica do documentário: “Esse é um ano histórico. São 50 anos de Itaipu, 50 anos de muito trabalho, de muita luta e, principalmente, de muita harmonia entre nossos países. Essa série de vídeos explica Itaipu desde sua origem, aonde chegamos, mas também é um momento em que refletimos para onde vamos.”
Seu colega paraguaio, Justo Zacarías Irún, complementou: “Itaipu é a história de um trabalho em conjunto, com muito orgulho, entre dois países. Brasil e Paraguai podem mostrar ao mundo que, há 50 anos, criaram uma entidade. Um documento que permitiu o projeto, a construção, a operação de uma usina, e a interação entre dois povos, gerando desenvolvimento com responsabilidade social e ambiental.”
Um Trabalho Colaborativo
Produzido pela Vídeo Up, o documentário contou com a direção de Marcelo Hammarstron e produção executiva de Digão Monzon, sob a coordenação da Assessoria de Comunicação Social (CS.GB) e da Divisão de Imagem Institucional (CSII.GB). Ana Paula Hedler, chefe da CS.GB, ressaltou a importância do trabalho: “Esse não é apenas um relato histórico, é uma coleção de memórias e a experiência daqueles que fazem parte de nossa história. Não é apenas a celebração de nossos 50 anos, mas uma homenagem a todos que ajudaram a construir Itaipu.”
Romeu de Bruns, gerente da CSII.GB, destacou o esforço conjunto: “Foi um trabalho que teve o empenho de muita gente para entregar um material à altura dos 50 anos da Itaipu. A gente contou com o apoio da Diretoria Técnica para nos acompanhar, nos levar em horários fora do expediente para gravações noturnas ou captação de imagem com drone no fim de semana.”
Uma Narrativa Humanizada
As gravações, realizadas em 13 cidades ao longo de quase sete meses, incluíram 64 entrevistas que capturam desde as expectativas iniciais até os projetos mais recentes da usina. A decisão de dividir o documentário em episódios permitiu uma abordagem mais detalhada, como explicou o diretor Marcelo Hammarstron: “A gente não tem narrador, não tem locutor, não tem roteiro, quem fez realmente o documentário foram os personagens. Personagens que participaram e contaram um pouco da sua história particular vivida dentro da Itaipu.”
Antônio Silveira, ex-barrageiro que trabalhou em Itaipu de 1976 a 1990, compartilhou sua emoção: “Quando a gente chegou aqui, naquela época, parecia que a gente vinha atrás de um sonho. E ver esse sonho realizado e agora ter a oportunidade de assistir tudo aquilo que a gente viveu, foi uma emoção muito grande.”
Lourival Roman, conhecido como Paiacan, dedicou 36 anos de sua vida à Itaipu e ficou emocionado ao assistir o documentário: “Eu me tornei uma criança, porque eu vivi todo esse tempo trabalhando na Itaipu e não tinha noção da grandeza que ela é. Trabalhei, circulei por todas as partes da usina e agora vejo no documentário que ela é bem maior do que imaginava.”
Para Hans Poli, diretor executivo geral da Voith Hydro South America, que contribuiu para a construção da usina, a exibição foi um momento de orgulho: “Nossa empresa está intimamente ligada à construção de várias hidrelétricas no Brasil, principalmente, Itaipu. Na época da construção foram utilizadas as melhores técnicas possíveis para fazer dessa usina a melhor do mundo. Eu acho que até hoje Itaipu é a melhor usina do mundo.”
