Migrações para o Mercado Livre de Energia Alcançam Metade do Volume de 2023 em Apenas Dois Meses

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Flexibilização dos critérios impulsiona adesão ao mercado livre, com quase 4 mil novos consumidores nos primeiros meses de 2024.

A recente flexibilização dos critérios de acesso ao mercado livre de energia está impulsionando um aumento significativo na adesão ao segmento, de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Nos dois primeiros meses de 2024, o mercado registrou a migração de 3.866 novos consumidores, representando 52% do total de migrações ocorridas durante todo o ano passado. Com isso, o mercado livre encerrou o período com um acumulado de 44.988 cargas, um aumento de 10 mil unidades em relação ao mesmo período do ano anterior.

O mercado livre oferece aos consumidores a liberdade de escolher seu fornecedor de energia elétrica e personalizar o atendimento de acordo com suas necessidades. Essa liberdade inclui a negociação de prazos e até mesmo a definição da fonte de energia desejada. Para Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, o intenso movimento de migração reflete tanto as vantagens da livre negociação quanto os esforços da CCEE em garantir o sucesso das migrações.

Ramos destaca que a CCEE não se limitou às operações diárias, mas também atuou diretamente com as empresas para orientá-las sobre o processo de migração. Além disso, foram realizadas otimizações nos processos internos e oferecida uma extensão nos prazos para solucionar quaisquer pendências que poderiam impedir a migração.

Um dos resultados mais significativos dessas iniciativas foi a eficiência na gestão do serviço, com 83% das validações necessárias ocorrendo com intervenção mínima, em menos de um dia útil, em média. Ramos também destaca a postura diligente do mercado, que respondeu positivamente às comunicações da CCEE e antecipou as operações sob sua responsabilidade.

Os dados de janeiro e fevereiro mostram que os 3.866 novos consumidores adicionaram ao mercado livre uma carga mensal de aproximadamente 990 megawatts. Dentre esses consumidores, 2.846 optaram pela representação via comercializador varejista, uma figura criada para facilitar o processo de migração e gerir as operações dos clientes para compra e venda de energia.

A abertura do mercado livre para toda a alta tensão foi determinada pela Portaria nº 50/2022, do Ministério de Minas e Energia. Para o período de março a dezembro deste ano, já existem cerca de 12,1 mil consumidores que denunciaram o encerramento dos contratos com suas distribuidoras, visando ingressar no mercado livre. Dessas, 6,1 mil já deram entrada no pedido de migração e modelagem de carga na CCEE, etapa necessária para garantir o fornecimento de energia.

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