Fontes hídrica, eólica, biomassa e solar lideram a transição energética nacional
O Brasil celebra uma conquista monumental no campo da energia nesta quinta-feira, 7 de março. O Sistema Interligado Nacional (SIN) ultrapassou a marca dos 200 gigawatts (GW) de capacidade instalada, solidificando sua posição como líder global na adoção de fontes renováveis. Com 84,25% da geração proveniente de fontes limpas, o país destaca-se pelo compromisso com a sustentabilidade energética.
“Essa é uma marca importante para o sistema elétrico e para o país. Nossa missão, à frente do Ministério de Minas e Energia, é equilibrar segurança energética com modicidade tarifária, beneficiando brasileiras e brasileiros. Com as fontes limpas e renováveis, estamos trazendo uma geração de energia de qualidade e sendo protagonistas na transição energética mundial”, afirma o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O marco dos 200 GW foi alcançado com a entrada em operação da usina fotovoltaica Boa Sorte I, localizada em Paracatu, Minas Gerais. Este empreendimento contribuiu com 44 megawatts (MW) de capacidade adicionada ao SIN, impulsionando ainda mais o avanço da energia limpa no país.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), das 200 GW alcançadas, 84,25% provêm de fontes renováveis, com destaque para usinas hidrelétricas (55%), eólicas (14,8%), de biomassa (8,4%) e fotovoltaicas (6,28%). Em contrapartida, 15,75% são provenientes de fontes não renováveis, incluindo gás natural (9%), petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%).
A ANEEL já liberou 2 GW para operação comercial apenas este ano, enquanto a previsão de crescimento da geração de energia elétrica para 2024 é de 10,1 GW, representando o segundo maior avanço anual desde 1997.
Além do crescimento da matriz elétrica centralizada, o Brasil experimenta um aumento significativo na oferta de micro e minigeração distribuída (MMGD). Segundo dados da ANEEL, o país conta com mais de 2,4 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição de energia elétrica, com uma potência instalada superior a 27,7 GW. Mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras estão utilizando os excedentes e os créditos da energia gerada pelos sistemas instalados.
Apenas em 2023, foram instalados mais de 625 mil sistemas fotovoltaicos de geração distribuída no Brasil, acompanhados pelo incremento de 837 mil unidades consumidoras que passaram a utilizar os excedentes e os créditos da energia gerada pelos sistemas.
A MMGD pode ser proveniente tanto da microgeração, com potência instalada de até 75 quilowatts (KW), quanto da minigeração distribuída, com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 3 MW, podendo chegar até 5 MW em situações específicas.
O Brasil continua a trilhar um caminho rumo a um futuro energético mais sustentável, com avanços significativos em fontes renováveis e na promoção da geração distribuída. Essas conquistas não apenas fortalecem a segurança energética do país, mas também contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o desenvolvimento econômico sustentável.