Projeto que simplifica a entrada no mercado livre de energia une tecnologia e atendimento multicanal para ampliar acesso e transparência no setor elétrico
O futuro do mercado livre de energia elétrica no Brasil ganhou novos contornos com o anúncio dos vencedores do HackaEnergy, evento de inovação promovido pelo Centro de Inovação, Estudos e Pesquisas da Transição Energética da USP (ETIC-USP) com apoio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O destaque do evento foi o projeto vencedor do desafio proposto pela CCEE, que apresentou uma plataforma de comercialização de energia focada no consumidor final e em tecnologias acessíveis.
O HackaEnergy reuniu, ao longo de uma semana, estudantes e profissionais do setor elétrico com o objetivo de desenvolver soluções criativas e aplicáveis para o mercado livre de energia, contribuindo para a modernização, desburocratização e inclusão de novos consumidores.
A abertura do evento foi conduzida pelo professor Dr. Erik Eduardo Rego, da ETIC-USP, e as soluções foram avaliadas por representantes de empresas parceiras. Pela CCEE, participaram da banca a vice-presidente Gerusa Côrtes e o gerente de inovação Leonardo Cruz, que ressaltou a importância do engajamento por meio da inovação.
“A inovação desempenha um papel fundamental ao engajar, instruir e capacitar as pessoas em suas jornadas. Desde a identificação do problema até a solução, é essencial apresentar resultados de forma simples e impactante para os agentes”, afirmou Cruz.
Solução vencedora: tecnologia e foco no consumidor
Entre os projetos apresentados, três grupos se destacaram com propostas complementares. O grupo vencedor conquistou o primeiro lugar ao desenvolver uma plataforma digital para contratação de energia elétrica, com foco na simplificação do processo de adesão ao mercado livre. A solução incluía também um canal de atendimento multicanal, com uso de ferramentas como WhatsApp e uma interface intuitiva para facilitar a jornada do consumidor.
A proposta foi elogiada pela maturidade da abordagem, alinhada com os princípios da CCEE de transparência, confiabilidade e inclusão. Além disso, o projeto apresentou diversificação nas formas de contratação de energia, conferindo maior flexibilidade ao consumidor.
Como reconhecimento, o grupo vencedor, composto por Giovana Vilhena, Giovanni Gabia, Gustavo Marcello, Marco Kuzniec e Pablo de Oliveira Pultz, recebeu um prêmio de R$ 5 mil.
Durante a premiação, os integrantes da equipe descreveram a experiência como marcante e transformadora.
“Desde a primeira reunião foi incrível. Tínhamos muitas ideias e, ao longo dos encontros, conseguimos encontrar juntos o melhor caminho para a nossa solução,” contou Gustavo.
Marcos complementou, resumindo o encerramento como um momento especial: “Foi uma mistura de emoção, felicidade, ansiedade e a sensação de dever cumprido.”
Para Giovanna, o desafio enfrentado refletia uma tendência clara do setor. “Aprendemos muito ao longo do processo, entendemos melhor o funcionamento do mercado e conseguimos desenvolver uma solução eficaz.”
Já Pablo destacou o que, na visão dele, fez a equipe se destacar: “Os três grupos seguiram linhas parecidas, mas o que nos diferenciou foi o uso estratégico da tecnologia. Ela foi incorporada à proposta como parte central da solução, com foco em facilitar a experiência do consumidor na abertura do mercado de energia.”
Compromisso com a inovação e o acesso ao mercado livre
Com o sucesso do HackaEnergy, a CCEE reafirma seu compromisso com a inovação no setor elétrico, incentivando projetos que promovam a democratização do mercado livre de energia e tragam benefícios diretos para os consumidores.
A iniciativa também representa um avanço importante no alinhamento entre universidade, setor produtivo e políticas públicas, elemento essencial para o fortalecimento da transição energética justa e eficiente no Brasil.
O evento não apenas premiou soluções inovadoras, como também contribuiu para a formação de novos talentos e o desenvolvimento de ideias aplicáveis à realidade do setor elétrico nacional.
Em um momento em que o Brasil se prepara para ampliar o acesso de consumidores ao mercado livre de energia, iniciativas como o HackaEnergy ganham destaque por propor soluções reais e tecnológicas que colocam o consumidor no centro da transformação do setor.
