Com investimento de R$ 89 milhões via debêntures verdes, Subestação Água Vermelha fortalece segurança da transmissão e viabiliza novos empreendimentos fotovoltaicos no Noroeste Paulista e Triângulo Mineiro
A ISA Energia Brasil deu início à operação comercial do projeto Água Vermelha, em Iturama (MG), antecipando em 16 meses o cronograma previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A iniciativa, pertencente à subsidiária IE Tibagi, marca um novo marco para o setor de transmissão ao reforçar a infraestrutura necessária para acomodar o crescimento de fontes renováveis na região Sudeste.
A liberação provisória do empreendimento foi concedida em 5 de junho de 2025 pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), autorizando o início das atividades por meio do Termo de Liberação Provisório (TLP). A partir desse documento, a ISA Energia passou a ser remunerada pelo lote 09 do leilão de transmissão nº 01/2023, com direito a 90% da Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 8 milhões para o ciclo tarifário 2024/2025.
Infraestrutura robusta e impacto regional
O projeto viabilizou a entrada em operação de um novo banco de transformadores monofásicos (TR-10) na Subestação Água Vermelha, ampliando a capacidade de transformação da unidade. Isso significa maior segurança operacional para o sistema de transmissão e, principalmente, a possibilidade de conexão de novos empreendimentos de geração solar fotovoltaica nas regiões do Noroeste Paulista e Triângulo Mineiro — duas das áreas mais promissoras em termos de potencial solar no país.
Com essa expansão, o sistema elétrico regional ganha maior robustez para absorver a crescente demanda por integração de fontes renováveis, contribuindo diretamente para a confiabilidade e sustentabilidade da matriz elétrica brasileira.
Financiamento verde e retorno econômico
Com investimento total de R$ 89 milhões, o projeto foi financiado integralmente por debêntures verdes de infraestrutura, instrumento que tem ganhado relevância por sua capacidade de captar recursos atrelados a compromissos ambientais. O modelo de financiamento reforça o alinhamento da ISA Energia às diretrizes ESG (ambientais, sociais e de governança) e à estratégia de desenvolvimento de uma infraestrutura elétrica mais limpa e resiliente.
A operação do projeto traz à companhia uma estimativa de margem EBITDA próxima a 90%, sob regime de tributação por lucro presumido, com consolidação integral dos resultados na holding ISA Energia Brasil. A antecipação da operação não apenas assegura uma geração de receita mais rápida, como também evidencia o alto nível de eficiência e planejamento da companhia na execução de obras estratégicas.
Sinal verde para a transição energética
A antecipação da entrada em operação do projeto Água Vermelha ocorre em um momento crítico para o setor, que busca soluções para equilibrar o avanço das fontes intermitentes, como solar e eólica, com a estabilidade da rede elétrica. Nesse contexto, a ampliação da infraestrutura de transmissão é um dos pilares para viabilizar a transição energética em escala nacional.
A ISA Energia destaca, em nota, que a entrega antecipada do projeto reflete o compromisso da empresa com a criação de valor sustentável e com o fortalecimento do sistema elétrico brasileiro. “Estamos focados em entregar soluções que não apenas atendem às exigências regulatórias, mas que também antecipam as necessidades futuras do setor e da sociedade”, afirma a companhia.
Conexão com o futuro
O avanço da geração distribuída, especialmente solar, impõe novos desafios ao sistema elétrico brasileiro. Ao investir na modernização de subestações e na ampliação da capacidade de conexão, empresas como a ISA Energia cumprem papel essencial na transformação do setor.
A operação do projeto Água Vermelha é mais do que uma entrega antecipada, é um movimento estruturante que contribui para a segurança, eficiência e sustentabilidade da matriz elétrica nacional.