Nova usina fotovoltaica em Santa Catarina reforça o protagonismo da geração distribuída na transição energética, combinando sustentabilidade, inovação e rentabilidade superior a 30% ao ano
O setor elétrico brasileiro dá mais um passo significativo rumo à transição energética e à descarbonização da matriz elétrica com a expansão de novos empreendimentos voltados à geração distribuída (GD). A recente inauguração da Usina Fotovoltaica FTA (UFV FTA), em Coronel Freitas, no Oeste de Santa Catarina, exemplifica como a energia solar se consolida como um ativo estratégico para investidores e como solução eficiente para o país no enfrentamento das mudanças climáticas e na busca por maior segurança energética.
Com 435,40 kWp de potência instalada, a UFV FTA tem capacidade para gerar aproximadamente 17 mil MWh ao longo de 30 anos, energia suficiente para abastecer centenas de residências, ao mesmo tempo em que evita a emissão de toneladas de gases de efeito estufa (GEE). O projeto reforça a tendência crescente de investimentos em ativos reais associados à economia verde, que aliam impacto ambiental positivo com retornos financeiros atrativos.
Geração distribuída: modelo que transforma o setor elétrico
O empreendimento da UFV FTA se insere no modelo de geração distribuída (GD), especificamente na modalidade GD I, que permite a produção de energia próxima ao ponto de consumo. Esse formato reduz perdas na transmissão, melhora a eficiência da rede elétrica e proporciona benefícios econômicos tanto para consumidores quanto para investidores.
Além disso, a UFV FTA possui um diferencial regulatório importante: a isenção da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – Fio B (TUSD Fio B) até 2045, uma vantagem que amplia sua competitividade e potencializa sua rentabilidade.
“A geração distribuída não é apenas uma alternativa técnica, mas um modelo de negócios que promove eficiência, descentralização e democratização do acesso à energia limpa”, afirma Michel Kazmierski, CEO da TAB energia, empresa responsável pelo desenvolvimento da usina.
Investimento verde: retorno superior a 30% ao ano
O aspecto econômico do projeto é igualmente relevante. De acordo com estimativas da TAB energia, os cotistas da UFV FTA podem obter uma rentabilidade líquida superior a 30% ao ano, com pagamentos mensais, previsibilidade de receita e proteção contra a inflação. Esse desempenho responde diretamente à crescente demanda de investidores por ativos seguros, sustentáveis e alinhados com os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança).
“O nosso objetivo é gerar valor por meio da energia, promovendo não apenas o desenvolvimento sustentável, mas também oportunidades reais de investimento para pessoas e empresas que desejam contribuir para a descarbonização e, ao mesmo tempo, fortalecer seus patrimônios”, destaca Kazmierski.
Transição energética: o papel das empresas especializadas
Fundada em 2016, a TAB energia é uma das principais plataformas nacionais de desenvolvimento, estruturação e operação de usinas solares. Com mais de 450 projetos realizados e cerca de 35 MWp instalados, a empresa aposta em soluções integradas, que conciliam viabilidade técnica, desempenho financeiro e responsabilidade socioambiental.
Esse tipo de atuação impulsiona o avanço da transição energética no Brasil, que busca substituir gradualmente fontes fósseis por renováveis, como a solar e a eólica, consolidando-se como líder regional no setor.
Energia solar: uma fonte que cresce e se diversifica
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar já ocupa o segundo lugar entre as maiores fontes de geração elétrica do Brasil. Esse crescimento é impulsionado não apenas por políticas públicas e incentivos regulatórios, mas também pelo interesse de investidores em modelos sustentáveis e lucrativos.
A UFV FTA é um exemplo concreto desse movimento, demonstrando que é possível combinar inovação tecnológica, retorno financeiro expressivo e contribuição efetiva para a redução das emissões de carbono.
Sustentabilidade como diferencial competitivo
Além da rentabilidade, a UFV FTA reforça a percepção de que sustentabilidade não é um custo, mas uma vantagem competitiva. A produção de energia limpa e descentralizada contribui para a resiliência do sistema elétrico, reduz a dependência de combustíveis fósseis e promove benefícios diretos à sociedade e ao meio ambiente.
Em tempos de crise climática e incertezas econômicas, modelos como o da UFV FTA indicam que a integração entre inovação, propósito e lucro não é apenas possível, mas necessária para o futuro da energia e dos investimentos.
Tendência irreversível: a expansão da geração distribuída no Brasil
O caso da UFV FTA reforça que a expansão da geração distribuída é uma tendência irreversível no Brasil. Esse movimento deve se intensificar com a crescente busca por fontes renováveis, avanços tecnológicos e marcos regulatórios que incentivam a participação de novos agentes no setor elétrico.
A conjugação de fatores como isenções tarifárias, redução de custos de implantação e atração de investidores sinaliza que projetos como este continuarão a desempenhar papel central na construção de uma matriz energética mais limpa, resiliente e competitiva.