Ministros debatem estratégias para fortalecer a resiliência climática e a proteção da população diante de eventos extremos
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que acontecerá em Belém (PA), em novembro, representará um marco decisivo para a política climática e a gestão de desastres no Brasil. Diante da crescente incidência de eventos climáticos extremos, o encontro será uma oportunidade para o país consolidar estratégias de prevenção, resposta e recuperação, garantindo maior proteção para as populações mais vulneráveis.
Nesse contexto, os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Jader Filho (Cidades) se reuniram para alinhar as ações já implementadas e definir os próximos passos da agenda brasileira. O encontro reforçou o compromisso do governo federal com a gestão de riscos climáticos, considerando os desafios impostos pelas mudanças no regime de chuvas, secas intensas e fenômenos naturais cada vez mais severos.
“O Brasil já investiu bilhões na gestão de riscos e desastres. Precisamos destacar isso na COP30 e mostrar que o país está avançando”, afirmou Waldez Góes. Para ele, além de debater novos desafios, a conferência deve ser um palco para evidenciar os programas já bem-sucedidos, como a transposição do Rio São Francisco e os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na infraestrutura de abastecimento.
Já o ministro Jader Filho destacou o papel central da prevenção de desastres na agenda governamental. Segundo ele, foram destinados R$ 20,5 bilhões para ações estratégicas, sendo R$ 17 bilhões já investidos e mais R$ 3,5 bilhões programados para 2024. Esses recursos reforçam o compromisso do governo em mitigar impactos ambientais e evitar tragédias.
O Papel da COP30 na Construção de um Brasil Resiliente
A COP30 será um espaço estratégico para debater soluções inovadoras na gestão de riscos climáticos. Além das ações voltadas à resposta emergencial, o evento permitirá o intercâmbio de boas práticas internacionais, garantindo que o Brasil incorpore as melhores metodologias disponíveis.
Entre as prioridades do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), estão:
- Aprimoramento dos sistemas de alerta precoce para identificar e mitigar riscos antes que se transformem em catástrofes;
- Modernização da infraestrutura hídrica, garantindo segurança no abastecimento e minimizando impactos de secas e inundações;
- Fortalecimento da resposta emergencial, ampliando a capacidade das equipes de Defesa Civil e garantindo um atendimento mais ágil às populações afetadas.
O secretário-executivo do MIDR, Valder Ribeiro, reforçou a importância de integrar a agenda climática ao planejamento regional. “O Brasil precisa se preparar para enfrentar eventos climáticos cada vez mais severos, garantindo que políticas públicas eficazes sejam implementadas. A COP30 será uma oportunidade para mostrar como estamos avançando na construção de um país mais resiliente e sustentável.”
Ações do MIDR e o Comitê Permanente de Resiliência Climática
Com um papel central na preparação para a conferência, o MIDR está estruturando sua participação para garantir que o Brasil tenha um posicionamento sólido nas discussões sobre desastres climáticos. O Comitê Permanente de Resiliência Climática, criado pelo ministério, trabalha na elaboração de um plano estratégico que apresente programas e resultados concretos na prevenção e resposta a desastres.
A colaboração com entidades internacionais, governos locais e especialistas será essencial para que o Brasil se posicione como referência na gestão de riscos climáticos. “Queremos chegar à COP30 com um planejamento robusto, alinhando nossas ações à agenda global e garantindo que o Brasil fortaleça sua posição como líder na adaptação climática”, afirmou Ribeiro.
Conclusão: Um Brasil Preparado para o Futuro Climático
O debate promovido pelos ministros evidencia um compromisso crescente com a segurança da população e a resiliência climática. A COP30 será o palco para consolidar ações estruturadas, investimentos estratégicos e políticas eficazes na prevenção de desastres, garantindo que o Brasil avance na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável.
Diante da escalada de eventos climáticos extremos, a resposta do país precisa ser ágil, inovadora e integrada. O planejamento que será apresentado na COP30 pode consolidar o Brasil como um dos protagonistas na luta contra os impactos das mudanças climáticas e na defesa de populações vulneráveis.