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Piracanjuba investe em biogás e reduz emissões com apoio do BNDES

Empresa recebe R$ 150 milhões do Fundo Clima para transformar tratamento de efluentes em fonte de energia renovável

O Grupo Piracanjuba deu um passo significativo rumo à sustentabilidade ao garantir um financiamento de R$ 150 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implementar quatro estações de tratamento de efluentes (ETEs) com produção de biogás. O projeto, viabilizado com recursos do Fundo Clima, será instalado nas unidades industriais de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D’Oeste (PR).

A iniciativa não apenas moderniza o processo de gestão de resíduos líquidos da empresa, mas também impulsiona a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis. Além das estações de tratamento, parte dos recursos será usada para trocar caldeiras movidas a combustíveis fósseis por alternativas mais limpas nas unidades de Araraquara e Três Rios.

Energia limpa e ganhos ambientais

A produção de biogás nas novas ETEs poderá evitar a emissão de até 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano quando as plantas atingirem sua capacidade máxima. Para se ter uma ideia da relevância desse impacto, essa redução é equivalente ao que seria emitido por milhares de veículos a combustão circulando ao longo do ano.

O potencial de geração de biogás das quatro unidades também impressiona: 11,7 milhões de metros cúbicos normais (Nm³) por ano, quantidade suficiente para abastecer um carro de passeio movido a esse biocombustível por uma distância de 600 mil quilômetros anualmente.

Além do benefício ambiental, o projeto trará eficiência operacional, otimizando o controle de processos industriais e reduzindo custos. Segundo Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba, o financiamento do BNDES reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

“Estamos entusiasmados com esse investimento, que nos permitirá gerar biogás e reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis nos aproxima de um futuro mais limpo e sustentável.”

O papel do Fundo Clima na transição energética

O projeto da Piracanjuba é um dos contemplados pelo Novo Fundo Clima, um dos principais mecanismos de financiamento para projetos ambientais no Brasil. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o fundo tem R$ 10 bilhões reservados em 2024 para impulsionar iniciativas de transição energética, bioeconomia e descarbonização no setor produtivo.

De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a iniciativa da Piracanjuba está totalmente alinhada com a política de transição energética do governo.

“Todas as intervenções desse projeto visam à descarbonização e à substituição de combustíveis fósseis, um passo essencial para a sustentabilidade. O Novo Fundo Clima foi estruturado para apoiar exatamente esse tipo de iniciativa.”

Para José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, os investimentos em biogás fortalecem a bioeconomia e garantem a segurança energética das empresas brasileiras.

“Apoiar fontes limpas de energia é uma prioridade, e esse financiamento reflete o compromisso com a inovação e com um modelo produtivo mais sustentável.”

Piracanjuba: inovação e sustentabilidade no setor de laticínios

Fundado no interior de Goiás, o Grupo Piracanjuba é um dos maiores do setor lácteo no Brasil. A empresa reúne marcas como Piracanjuba, Emana e LeitBom, além das licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida). Seu portfólio inclui mais de 200 produtos, e a empresa conta com sete unidades fabris e 16 postos de recepção de leite, processando diariamente até 6 milhões de litros de leite.

Além do investimento em biogás, a companhia mantém programas de educação continuada e florestas de eucalipto, reafirmando seu compromisso com práticas sustentáveis.

A aposta em economia circular e eficiência energética posiciona a Piracanjuba como referência no setor, destacando-se não apenas pela qualidade de seus produtos, mas também pelo impacto positivo no meio ambiente.

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