Especialistas apontam como a inovação pode reduzir custos, impulsionar negócios e preservar o meio ambiente
A transição para uma economia mais sustentável deixou de ser uma tendência distante para se tornar uma necessidade urgente. Diante desse cenário, a KPMG lançou um guia estratégico voltado para empresas que desejam integrar a tecnologia da natureza às suas operações. O material, produzido em parceria com Nature4Climate, Nature Tech Collective, Climate Collective e Serena, apresenta uma abordagem estruturada para implementar soluções que não apenas minimizam impactos ambientais, mas também geram novas oportunidades de mercado.
O que é tecnologia da natureza e por que ela importa?
O conceito de tecnologia da natureza tem evoluído nos últimos anos e pode ser entendido como qualquer recurso tecnológico que beneficie o meio ambiente. Isso inclui desde fontes de energia renováveis até soluções voltadas para a regeneração de ecossistemas, combate ao desmatamento e redução da poluição da água e do solo.
Mais do que uma iniciativa ambiental, essas tecnologias representam um novo modelo de negócios. “As empresas têm uma oportunidade sem precedentes de se tornarem líderes na conservação e restauração da natureza”, afirma Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG da KPMG para as Américas. Segundo ela, a degradação ambiental pode gerar prejuízos incalculáveis para a economia, enquanto a preservação dos ecossistemas é um fator-chave para garantir estabilidade climática e desenvolvimento sustentável.
Oportunidades de inovação para diversos setores
O relatório elaborado pela KPMG reúne entrevistas com especialistas de segmentos variados, como moda, tecnologia, infraestrutura, telecomunicações, aviação, energia renovável, hotelaria e finanças. O objetivo é mostrar como diferentes setores podem integrar a tecnologia da natureza aos seus processos e gerar valor tanto para seus negócios quanto para o meio ambiente.
No setor agrícola, por exemplo, a adoção de soluções regenerativas pode aumentar a produtividade e reduzir custos com insumos químicos. Já no setor financeiro, investimentos sustentáveis estão ganhando força e se tornando um diferencial competitivo para bancos e seguradoras.
“A implantação estratégica da tecnologia da natureza não apenas reduz riscos ambientais e físicos, mas também cria novos caminhos para cortar custos, desenvolver modelos de negócios mais resilientes e fortalecer relações com os ecossistemas naturais”, destaca Felipe Salgado, sócio-diretor líder de descarbonização da KPMG no Brasil.
A implementação de soluções inovadoras aliadas à preservação ambiental já deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência do mercado. Empresas que integram a sustentabilidade às suas estratégias corporativas não apenas evitam riscos regulatórios e reputacionais, mas também atraem investidores e consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental das marcas que apoiam.
