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ONS: Carga no SIN Aumenta 4,3% em Janeiro, Com Reservatórios Acima de 60%

Com o fim do período úmido, cenário otimista traz estabilidade ao setor energético e segurança para o período seco

O setor elétrico brasileiro inicia 2025 com boas notícias. De acordo com o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a última semana operativa de janeiro (25 a 31), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) estão projetados para encerrar o mês acima de 60% em todas as regiões do país. A combinação de chuvas favoráveis e gestão operacional eficiente tem garantido essa recuperação significativa, criando um cenário promissor para o período seco.

A região Norte lidera as projeções com 75,2% de armazenamento, seguida pelo Nordeste, com 70,4%. Já os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul devem registrar 62,2% e 61,5%, respectivamente. “O cenário atual é favorável. Todas as regiões encontram-se com volumes acima de 60% de energia armazenada, reflexo das boas afluências do período úmido, do acompanhamento constante da situação e da assertividade das medidas operacionais que adotamos”, afirma Marcio Rea, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ele também ressalta que esses números permitirão uma operação mais tranquila nos meses de seca.

Demanda de energia atinge recordes históricos

Além da recuperação dos reservatórios, o Brasil também viu um aumento expressivo na demanda de energia. Na semana passada, o SIN registrou um recorde histórico de carga instantânea, alcançando 102.924 MW. Para janeiro, as projeções apontam uma expansão de 4,3% na carga média do sistema (83.077 MWmed) em relação ao mesmo período de 2024.

Entre os subsistemas, o Sul lidera o crescimento, com um avanço de 11,2% (15.384 MWmed), seguido pelo Norte, com 4,8% (7.591 MWmed). As regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste apresentam crescimentos mais modestos, de 0,8% (13.383 MWmed) e 3,2% (46.719 MWmed), respectivamente. Esses números refletem a retomada da economia em várias regiões do país, além do impacto de temperaturas elevadas em janeiro, que tradicionalmente aumentam o consumo, principalmente por meio do uso de sistemas de refrigeração.

Energia Natural Afluente mantém níveis consistentes

Outro indicador positivo destacado no boletim é a Energia Natural Afluente (ENA), que mede a quantidade de água que chega aos reservatórios. A previsão para janeiro aponta ENA acima de 100% da Média de Longo Termo (MLT) nas regiões Norte (105%) e Nordeste (103%). No Sudeste/Centro-Oeste, espera-se um índice próximo ao ideal, com 96% da MLT, enquanto o Sul deve registrar 70% da MLT.

Os bons índices de ENA são cruciais para garantir o abastecimento de energia no futuro e reduzir os custos com acionamento de usinas térmicas, que representam uma alternativa mais cara e poluente.

Custo Marginal de Operação reflete equilíbrio no setor

Outro ponto que reforça o otimismo no setor elétrico é o Custo Marginal de Operação (CMO). Atualmente, o CMO está em R$ 40,63 nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, enquanto Nordeste e Norte apresentam um custo de R$ 40,19. Valores baixos de CMO indicam que o sistema está operando de forma eficiente, com ampla utilização de fontes hídricas e menor necessidade de geração térmica, o que beneficia tanto o consumidor quanto o meio ambiente.

Perspectivas para 2025

Com reservatórios cheios, demanda aquecida e indicadores estáveis, 2025 começa com perspectivas promissoras para o setor elétrico brasileiro. A capacidade de manter o equilíbrio entre a geração e o consumo será essencial para sustentar o crescimento econômico e atender à crescente demanda energética em um contexto de transição para fontes renováveis.

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