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Mercado de Curto Prazo Registra R$ 10,6 Bilhões em Liquidações entre Julho e Novembro de 2024

Operações financeiras de novembro movimentaram R$ 1,32 bilhão, com destaque para desafios ligados ao GSF e inadimplência

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu as operações financeiras do Mercado de Curto Prazo (MCP) referentes ao mês de novembro de 2024, registrando uma liquidação de R$ 1,32 bilhão. Esse valor corresponde a aproximadamente 50% dos R$ 2,64 bilhões contabilizados para o período.

Os resultados foram impactados por montantes represados devido a liminares relacionadas ao rateio do risco hidrológico (GSF), que somaram R$ 1,10 bilhão. Além disso, R$ 182 milhões foram parcelados, e outros R$ 38 milhões permaneceram não pagos.

Entre julho e novembro, as operações financeiras do MCP totalizaram mais de R$ 10,6 bilhões liquidados, enquanto o volume total contabilizado no período foi de R$ 16,5 bilhões. Apesar das retenções e parcelamentos, a inadimplência no mercado representou menos de 2% do montante contabilizado em todos os meses analisados, um índice considerado positivo no contexto de complexidade do setor.

Adimplência e Impactos das Liminares do GSF

A adimplência no MCP variou significativamente entre os agentes, dependendo da existência de liminares judiciais. Para aqueles amparados por decisões que excluem o pagamento proporcional de inadimplências, a adimplência foi de 90,4%. Já para os agentes com decisões que impõem o pagamento proporcional, o índice caiu para 42,6%.

Os credores sem liminares enfrentaram maiores dificuldades, recebendo apenas 32,7% de seus créditos no mês de novembro.

O GSF continua sendo um dos principais desafios para o mercado, influenciando tanto o fluxo financeiro quanto as negociações entre agentes. As liminares relativas ao tema afetam diretamente a liquidez do MCP, com impactos expressivos na capacidade de quitação de valores.

Influência do PLD e Cenário Hidrológico

Os resultados do mercado entre agosto e novembro refletem o comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), indicador calculado diariamente pela CCEE e usado como referência para precificação no MCP.

O período analisado coincide com o fim da estação seca e o início da estação úmida no Brasil, quando as condições hidrológicas influenciam diretamente os custos de geração e, consequentemente, os preços da energia negociada.

Em novembro, o PLD registrou variações significativas, o que impactou diretamente os valores contabilizados e liquidados no MCP. Esse movimento é típico de períodos de transição sazonal e reforça a necessidade de estratégias financeiras robustas por parte dos agentes do mercado.

Cenário Geral e Perspectivas

Os números do MCP no segundo semestre de 2024 destacam tanto a resiliência do mercado quanto os desafios ainda existentes. A liquidação de mais de R$ 10,6 bilhões em cinco meses demonstra a importância do mercado de curto prazo na manutenção do equilíbrio financeiro do setor elétrico.

Por outro lado, a continuidade das discussões sobre o GSF e os impactos das liminares reforçam a necessidade de avanços regulatórios e soluções que tragam maior previsibilidade e estabilidade aos agentes.

Com o início do período úmido, espera-se que as condições hidrológicas melhorem, influenciando positivamente o mercado nos próximos meses. Além disso, o comportamento do PLD continuará sendo um fator determinante para os resultados futuros.

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