Companhia fortalece portfólio com novos projetos eólicos e fotovoltaicos, além de ampliar presença no mercado de transmissão de energia no 3º trimestre
A ENGIE Brasil alcançou um marco importante no 3º trimestre de 2024, com 11 GW de capacidade instalada e uma expansão significativa em geração renovável e infraestrutura de transmissão de energia. A companhia anunciou o início de operações comerciais de 50 aerogeradores do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, representando 27% da capacidade total do projeto, além da vitória no Leilão de Transmissão Aneel 02/2024, onde adquiriu o Lote 1 para um sistema de 780 km que abrangerá cinco estados brasileiros.
No trimestre, a ENGIE registrou um Ebitda ajustado de R$ 1,7 bilhão, com uma queda de 5,8% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido ajustado foi de R$ 666 milhões, uma redução de 28,2%. Entre os fatores que impactaram o desempenho estão a venda parcial de participação na TAG e o aumento nos custos de materiais e serviços, que foram parcialmente compensados por resultados positivos no mercado de curto prazo.
Expansão em Transmissão e Novos Projetos
O destaque em transmissão de energia foi a conquista do Lote 1 no Leilão de Transmissão Aneel 02/2024, que abrange 780 km de linhas entre os estados de SC, PR, SP, MG e ES. Nomeado Sistema de Transmissão Graúna, o projeto inclui 162,6 km de linhas e duas subestações já existentes. Além disso, a ENGIE iniciou a construção do Sistema de Transmissão Asa Branca, que percorrerá a Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com cerca de 1.000 km de extensão e a previsão de gerar aproximadamente 2.000 empregos diretos.
Esses investimentos são parte da estratégia da ENGIE de fortalecer o Sistema Interligado Nacional (SIN) e reforçar a conexão entre Nordeste e Sudeste, permitindo o escoamento da energia de fontes renováveis e ajudando a mitigar problemas de curtailment causados pelo desequilíbrio entre crescimento de geração e infraestrutura de transmissão.
Avanço em Geração Renovável
Em agosto, a ENGIE finalizou o Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, com 434 MW de capacidade instalada. Esse é o quinto conjunto eólico da companhia no Brasil, somando cerca de 1,7 GW em capacidade eólica no país. O Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, também registrou avanços, com a expectativa de alcançar uma capacidade total de 846 MW no primeiro semestre de 2025. Outro projeto relevante é o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, no Rio Grande do Norte, que já completou 58% das obras e terá uma capacidade de 752 MWac (895 MWp). A primeira unidade deve entrar em operação no final de 2024, com conclusão total prevista para o final de 2025.
Investimentos e Desempenho no Mercado Livre de Energia
Nos nove primeiros meses de 2024, a ENGIE investiu R$ 7,5 bilhões em projetos de expansão, incluindo eólicas, solares e novos ativos fotovoltaicos adquiridos em fevereiro. Esse aporte permite à companhia seguir uma estratégia de crescimento sustentável, orientada para atender à crescente demanda por energia limpa e contribuir para a matriz renovável brasileira. Segundo Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia, a estratégia visa não apenas gerar valor aos acionistas, mas também oferecer segurança de fornecimento e impactos positivos para a sociedade.
A companhia também tem investido no mercado livre de energia, com crescimento de 55,1% no número de consumidores livres em comparação com o ano anterior, atingindo uma participação de mercado de 7,5%. A receita operacional líquida foi de R$ 2,5 bilhões no trimestre, uma alta de 0,9% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionada pelo aumento no volume de vendas e receitas de transmissão. Com ofertas de produtos customizados e energia descarbonizada, a ENGIE tem se destacado na concorrência do mercado livre, que oferece benefícios como economia e previsibilidade de custos.
Perspectivas para o Futuro
Com a expectativa de concluir importantes projetos eólicos e fotovoltaicos até 2025, a ENGIE fortalece sua posição como líder em energia renovável no Brasil. A expansão no setor de transmissão de energia, por meio dos sistemas Asa Branca e Graúna, também reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade e a estabilidade do SIN, mitigando riscos de sobrecarga e promovendo a eficiência do sistema.
Além de ampliar sua capacidade em geração e transmissão, a ENGIE planeja continuar investindo em soluções para facilitar o acesso ao mercado livre, oferecendo opções que vão desde energia renovável a contratos de longo prazo, criando parcerias que agregam valor e impulsionam a transição para uma matriz energética mais sustentável.