Angra 3: Eletronuclear Garante Transparência no Cronograma e Orçamento

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TCU faz alerta sobre os atrasos nas obras da Usina de Angra 3, mas Eletronuclear Garante Ações Preventivas

Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um alerta sobre os atrasos nas obras da usina nuclear de Angra 3, apontando possíveis impactos no cronograma e no orçamento do projeto, considerado estratégico para a matriz energética brasileira. De acordo com o órgão, os atrasos observados até o momento, se não tratados de forma adequada, podem comprometer a entrada em operação da usina, elevando ainda mais os custos já previstos.

No entanto, a Eletronuclear, responsável pelo projeto de Angra 3, esclareceu por meio de nota que está agindo de forma proativa e colaborativa junto ao TCU, buscando ajustes em contratos e medidas preventivas para evitar novos contratempos. A empresa afirma que essa parceria visa garantir que todas as ações relacionadas ao empreendimento ocorram de forma transparente e eficiente.

Colaboração com o TCU

Segundo a Eletronuclear, o trabalho conjunto com o TCU está sendo realizado desde a etapa de planejamento, com foco em ajustar os termos contratuais e as medidas necessárias para que o projeto de Angra 3 avance dentro do prazo. A empresa garante que todos os esforços estão sendo concentrados para mitigar qualquer risco de futuros atrasos.

“Embora o TCU tenha identificado que o atraso atual não afeta diretamente o cronograma das atividades necessárias para que a usina entre em operação, a Eletronuclear tem concentrado esforços para mitigar qualquer risco de futuros atrasos”, informou a companhia. A nota ressalta, ainda, que essa colaboração entre a empresa e os órgãos de controle tem sido fundamental para o andamento seguro e responsável do projeto.

Os Desafios de Angra 3

O projeto da usina nuclear de Angra 3 é um dos maiores e mais complexos empreendimentos em curso no setor elétrico brasileiro. Iniciado na década de 1980, o projeto passou por diversas paralisações ao longo dos anos, enfrentando obstáculos financeiros, jurídicos e de planejamento. Com a retomada das obras em 2020, a expectativa era de que a unidade entrasse em operação até 2026.

Entretanto, o TCU apontou em seu relatório que os atrasos acumulados podem comprometer o cumprimento desse prazo, trazendo riscos para o orçamento, que já ultrapassa R$ 20 bilhões. O Tribunal destacou a necessidade de medidas corretivas urgentes para evitar uma escalada nos custos e garantir que o cronograma seja mantido.

A Importância de Angra 3 para o Brasil

Quando finalizada, Angra 3 será capaz de gerar aproximadamente 1.405 MW de energia, o suficiente para abastecer cerca de 10 milhões de residências. Isso torna o projeto um componente crucial para a matriz energética do país, que busca diversificar suas fontes e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Além disso, a usina terá um papel importante na estabilização da oferta de energia em períodos de seca, quando a geração hidrelétrica, principal fonte de energia no Brasil, é impactada pela redução dos níveis dos reservatórios.

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