Sábado, Junho 14, 2025
17.8 C
Rio de Janeiro

ENGIE conclui modernização da UHE Salto Osório e amplia potência instalada para mais de 1.100 MW

Projeto de R$ 300 milhões aumenta eficiência energética, reforça segurança operacional e contribui para o fornecimento de energia limpa ao Sistema Interligado Nacional

A ENGIE Brasil Energia concluiu, no mês de maio de 2025, a modernização completa da Usina Hidrelétrica Salto Osório, localizada no município de São Jorge d’Oeste, no Paraná. Com um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões, o projeto permitiu um aumento da capacidade instalada da usina de 1078 MW para 1103,67 MW, um acréscimo de 25,67 MW. Já a capacidade comercial da hidrelétrica — que considera a energia efetivamente entregue ao sistema — foi elevada em 9,8 MW médios, resultado direto de ganhos de eficiência.

A modernização, iniciada em 2019, abrangeu a atualização completa de duas unidades geradoras, com a substituição de componentes críticos como turbinas e estatores dos geradores, além da modernização dos sistemas de regulação de velocidade, excitação, monitoramento e proteção elétrica em todas as seis unidades da usina.

Segundo Dirceu Rafanhin, gerente da UHE Salto Osório, a atualização tecnológica representa um importante passo em direção a uma geração mais eficiente e sustentável. “As novas unidades foram projetadas para operar com maior rendimento, aproveitando melhor o volume de água disponível e aumentando a confiabilidade dos equipamentos. O resultado é um salto de desempenho da usina, com reflexos diretos na garantia física e na oferta de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”, afirma o executivo.

Eficiência energética com foco na sustentabilidade

A modernização está alinhada à estratégia da ENGIE de maximizar a eficiência operacional de suas usinas renováveis, reduzindo perdas no processo de conversão da energia hídrica em elétrica. Essa abordagem não apenas otimiza o uso dos recursos naturais, como também contribui para a transição energética brasileira, baseada em uma matriz com alto percentual de fontes renováveis.

Ao longo do projeto, a ENGIE contou com a parceria da GE Vernova, empresa responsável pela execução técnica das obras. Foram mais de 1,3 milhão de horas trabalhadas sem registro de acidentes com afastamento, evidenciando o compromisso da empresa com a segurança e a gestão de riscos em grandes projetos de infraestrutura.

“O cronograma enfrentou desafios significativos, especialmente durante a pandemia da COVID-19. No entanto, as lições aprendidas nesse período foram essenciais para melhorar a gestão nas fases seguintes, com ganho de sinergia entre as equipes e respeito aos prazos”, complementa Rafanhin.

Um legado de modernização e longevidade

A UHE Salto Osório iniciou sua operação comercial em 1975 e já havia passado por uma etapa anterior de modernização entre 2005 e 2007. Sua concessão é válida até 2031, e a nova fase de atualização tecnológica amplia as condições para que a usina continue operando com segurança, eficiência e confiabilidade até o fim do contrato — e, eventualmente, por mais tempo, caso haja renovação da concessão.

A hidrelétrica está situada no Rio Iguaçu, uma das bacias hidrográficas mais importantes do Brasil, e desempenha um papel relevante no abastecimento de energia da região Sul e no equilíbrio do SIN. Com os investimentos realizados, a ENGIE reforça sua posição como uma das principais geradoras privadas de energia renovável do país, comprometida com a inovação, a segurança e a sustentabilidade de longo prazo.

Importância para o setor elétrico nacional

Em um momento em que o Brasil busca descarbonizar sua matriz energética e aumentar a resiliência de seu sistema elétrico, projetos como o da UHE Salto Osório demonstram como a modernização de ativos existentes pode gerar ganhos expressivos, com menor impacto ambiental do que a construção de novas usinas. O aumento da potência instalada com uso eficiente da mesma estrutura hídrica reforça o papel das hidrelétricas modernizadas na garantia da segurança energética.

A conclusão do projeto em Salto Osório é, portanto, não apenas um marco para a ENGIE, mas também um exemplo para o setor elétrico sobre os benefícios de investir na atualização de ativos existentes com tecnologia de ponta, foco em eficiência e responsabilidade ambiental.

Destaques

Goiás aprova incentivos fiscais para PCHs e CGHs e projeta R$ 1 bilhão em investimentos até 2028

Plano estadual poderá viabilizar mais de 30 novas usinas...

Appian e Omnigen entregam novos parques solares em Minas Gerais e reforçam aposta na energia limpa

Projetos Igarapés 05 e Andradas 03 ampliam presença da...

Com investimento de R$ 1,8 bilhão, Bahia receberá primeira fábrica de vidro solar fora da China

Projeto “Brasil Transparente”, da Homerun Brasil e CBPM, posiciona...

Últimas Notícias

GDSolar lança modelo de energia solar por assinatura com até 25%...

Serviço da empresa do Grupo Colibri Capital estreia em...

State Grid e GEB negociam aquisição de ativos de transmissão da...

Multinacionais avaliam compra da Quantum, que administra 2.851 km...

Projeto no Senado busca impedir flexibilização de critérios para renovação das...

Proposta legislativa quer garantir que ANEEL e MME sigam...

Chuvas acima do esperado elevam projeção para reservatórios hidrelétricos no Sudeste...

Operador Nacional do Sistema Elétrico revê estimativas de afluência...

Brasil amplia liderança energética e propõe cooperação com Caribe em fontes...

Durante cúpula no Itamaraty, ministro Alexandre Silveira destaca expertise...

Goiás aprova incentivos fiscais para PCHs e CGHs e projeta R$...

Plano estadual poderá viabilizar mais de 30 novas usinas...

Artigos Relacionados

Categorias Populares