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Alunorte reduz 700 mil toneladas de CO₂ em um ano com uso de gás natural e lidera jornada de descarbonização no setor de alumínio

Maior refinaria de alumina em planta única do mundo comemora 30 anos com investimentos bilionários em transição energética e mira redução de 35% nas emissões em 2025

A refinaria Alunorte, localizada em Barcarena (PA), celebra um marco expressivo em sua trajetória rumo à sustentabilidade. Um ano após a implementação do gás natural em substituição ao óleo combustível em 13 equipamentos da planta, a empresa evitou a emissão de aproximadamente 700 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂), consolidando-se como referência em descarbonização no setor de alumínio.

A ação marca a entrada da refinaria em 2025, ano em que completa três décadas de operação, com uma das maiores metas de sustentabilidade do setor. A estimativa da empresa é reduzir suas emissões totais em 35% neste ano, o que corresponde a cerca de 1,4 milhão de toneladas de CO₂, tomando como base os níveis registrados em 2017.

Reconhecida por ser a maior refinaria de alumina em planta única do mundo, a Alunorte investiu R$ 1,3 bilhão na conversão da matriz energética, implementando estruturas de infraestrutura, segurança e operação para viabilizar a transição energética com confiabilidade.

Liderança na transição energética

Segundo Carlos Neves, vice-presidente sênior e COO da Hydro Bauxita & Alumina — empresa controladora da Alunorte —, a mudança energética está alinhada à estratégia global do grupo Hydro, que visa reduzir suas emissões de carbono em 30% até 2030 e alcançar neutralidade climática (net-zero) até 2050. “A descarbonização é uma prioridade e já é realidade na Hydro. Para descarbonizar uma indústria como a Alunorte, é necessário investimento financeiro e tecnológico, mas, acima de tudo, exige compromisso pela liderança na transformação das operações”, afirma Neves.

O gás natural é um combustível fóssil, mas sua queima emite até 50% menos gases de efeito estufa do que fontes mais poluentes como o óleo combustível ou o carvão mineral. Sua adoção contribui diretamente para a melhoria da qualidade do ar e mitigação das mudanças climáticas.

Resultados concretos e inovação contínua

A implementação do novo sistema envolveu diretamente 330 colaboradores, especialistas e parceiros técnicos, que atuaram na conversão e adaptação dos equipamentos. O esforço faz parte de um processo mais amplo de transformação da planta, que emprega mais de 7 mil pessoas entre trabalhadores próprios e contratados.

Além da transição para o gás natural, a Alunorte também introduziu três caldeiras elétricas que substituíram o carvão, promovendo uma redução adicional de até 550 mil toneladas de CO₂ por ano. A energia utilizada nesses equipamentos é fornecida por fontes renováveis, reforçando a política de sustentabilidade da refinaria.

A geração de energia renovável provém de dois empreendimentos estratégicos: o complexo solar de Mendubim, no Rio Grande do Norte, e o complexo eólico Ventos de São Zacarias, na divisa entre Pernambuco e Piauí. Juntas, essas unidades somam uma capacidade de 1.000 MW, dos quais mais de 50% são destinados exclusivamente ao consumo da Alunorte. Os projetos são conduzidos pela Hydro REIN, braço de energia renovável da empresa, em parceria com operadores locais.

Pioneirismo no Norte e Nordeste

A atuação da Alunorte vai além da substituição de combustíveis fósseis. A empresa também foi a primeira a adotar, na região Norte e Nordeste, a tecnologia de filtro prensa para o tratamento do resíduo de bauxita, promovendo a compactação e disposição seca dos rejeitos. O uso dessa tecnologia reduz riscos ambientais e melhora a gestão de resíduos.

“Somos pioneiros na introdução do gás natural e no uso de tecnologias mais limpas. Chegamos aos 30 anos da Alunorte sendo bons vizinhos, gerando emprego e renda, e sempre na vanguarda da inovação no setor de alumínio”, reforça Carlos Neves.

A refinaria já figura entre os 25% de plantas mais eficientes do mundo em consumo energético e baixas emissões de carbono. Os dados reafirmam o papel de liderança da Alunorte na transição energética brasileira e no avanço da descarbonização da indústria pesada.

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