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EDP investe R$ 31 milhões em nova subestação e amplia em 38% a capacidade energética de Ferraz de Vasconcelos

Com operação prevista para 2025, nova subestação faz parte do plano estratégico da distribuidora para fortalecer o sistema elétrico do Alto Tietê com foco em sustentabilidade e crescimento regional

Como parte do seu plano de expansão e modernização da infraestrutura elétrica no estado de São Paulo, a EDP, distribuidora de energia que atende o Alto Tietê, anunciou um investimento de R$ 31 milhões na construção de uma nova subestação em Ferraz de Vasconcelos. A unidade, denominada Subestação Parque Dourado, terá papel estratégico no reforço da confiabilidade do fornecimento, ao agregar 45 MVA de potência instalada ao sistema local, o que representa uma elevação de 38% na capacidade energética da cidade.

A entrega está prevista para o segundo semestre de 2025, e será a segunda subestação em operação no município, ampliando a robustez do sistema de distribuição em uma das regiões que mais crescem na Grande São Paulo.

Solução técnica para crescimento urbano e estabilidade do sistema

A Subestação Parque Dourado foi concebida dentro do plano de expansão da EDP, que tem como foco atender à crescente demanda energética provocada pela urbanização e pelo adensamento populacional nos municípios do Alto Tietê. De acordo com Marcos Campos, diretor da EDP em São Paulo, o investimento atende tanto à necessidade de expansão da carga quanto à diretriz de garantir maior segurança operacional.

“A subestação Parque Dourado faz parte do planejamento estratégico da EDP para reforçar a infraestrutura energética da região, com foco em qualidade do fornecimento, resiliência da rede e sustentabilidade operacional”, afirma Campos.

O empreendimento contará com dois transformadores de 22,5 MVA cada, além de equipamentos de última geração, que permitirão a operação automatizada da unidade e maior flexibilidade nas manobras de carga e contingência.

Eficiência energética e sustentabilidade como diretrizes de projeto

Um dos diferenciais da nova subestação é o seu alinhamento com as metas de descarbonização e responsabilidade socioambiental da EDP. O projeto incorpora uma série de medidas sustentáveis, como o uso de óleo vegetal nos transformadores principais — alternativa biodegradável ao óleo mineral tradicional —, que reduz os riscos ambientais e aumenta a vida útil dos equipamentos.

Além disso, a unidade contará com um sistema de captação e reuso de água pluvial, geração solar fotovoltaica para consumo próprio, transformadores de serviço auxiliar a seco (sem óleo isolante), utilização de materiais recicláveis e adoção de processos construtivos que minimizam a geração de resíduos. Esses elementos colocam a Subestação Parque Dourado como referência em construção sustentável no setor de distribuição elétrica.

Interligação à rede e proteção automatizada

O projeto contempla também a instalação de 11,7 km de rede de média tensão, que conectará a subestação ao sistema elétrico de Ferraz de Vasconcelos. Serão utilizados cabos com maior resistência mecânica e proteção contra interferências externas, como a vegetação — fator que historicamente impacta a continuidade do fornecimento em áreas urbanas e periféricas.

No total, 16 equipamentos de proteção e manobra serão instalados ao longo da nova rede, todos com operação automatizada e monitoramento remoto. Isso permitirá o seccionamento de trechos da rede em caso de falhas, reduzindo significativamente o número de consumidores afetados por eventuais interrupções e o tempo de recomposição do sistema.

Expansão contínua e modernização do parque de distribuição

Com a nova subestação, a EDP totalizará 84 unidades em operação no estado de São Paulo, que juntas atendem mais de 2 milhões de clientes e mais de 5 milhões de habitantes nos 28 municípios sob sua concessão. Os investimentos fazem parte de um programa contínuo da companhia para modernização da infraestrutura, digitalização dos ativos e aumento da eficiência operacional.

O projeto de Ferraz de Vasconcelos é, portanto, um exemplo da convergência entre expansão da capacidade energética, sustentabilidade e uso inteligente de tecnologias de automação no setor elétrico. Ele também reforça a atuação da EDP como agente estratégico para o crescimento urbano e industrial da região metropolitana de São Paulo.

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