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UTE GNA II entra em operação no Porto do Açu e se torna a maior usina a gás natural do Brasil

Com investimento de R$ 7 bilhões e capacidade para atender 8 milhões de residências, empreendimento reforça a segurança energética e posiciona o Brasil na vanguarda da transição energética

A UTE GNA II, considerada a maior usina termelétrica a gás natural do Brasil, recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para iniciar sua operação comercial a partir do dia 31 de maio de 2025. Localizada no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, a planta possui capacidade instalada de 1.673 megawatts (MW), suficiente para atender aproximadamente 8 milhões de residências, representando cerca de 10% da geração a gás natural da matriz elétrica nacional.

O projeto, que integra a carteira de empreendimentos estratégicos do Novo PAC do Governo Federal, demandou um investimento de R$ 7 bilhões e consolida a posição da Gás Natural Açu (GNA) como o maior complexo de geração a gás natural da América Latina, somando 3 GW de capacidade instalada com a já existente UTE GNA I, em operação desde 2021.

“Celebramos hoje o início da operação comercial da nossa segunda usina, a GNA II, que nos torna uma empresa 100% operacional, reforçando nosso compromisso com a resiliência do Sistema Interligado Nacional. Agradeço a toda equipe, acionistas, parceiros e stakeholders que contribuíram para esse marco,” destacou Emmanuel Delfosse, CEO da GNA.

Alta eficiência e compromisso ambiental

O projeto da UTE GNA II se diferencia pela adoção de tecnologia de ciclo combinado, que inclui três turbinas a gás e uma turbina a vapor, elevando sua eficiência para mais de 60% — uma das maiores do setor no país.

Esse arranjo permite que a planta gere aproximadamente 572 MW sem consumo adicional de gás, o que reduz as emissões de carbono e melhora a eficiência operacional.

Outro diferencial é o compromisso com a sustentabilidade hídrica. A usina utiliza quase 100% de água do mar, tratada por meio de uma planta de dessalinização, minimizando o impacto sobre os recursos hídricos da região.

O projeto também foi pensado para o futuro, com uma engenharia capaz de permitir a substituição de até 50% do gás natural por hidrogênio, alinhando-se às metas globais de descarbonização.

Impacto social e geração de empregos

Durante a fase de construção, a UTE GNA II gerou cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, implementou um robusto Programa de Qualificação Profissional gratuito, que capacitou 450 moradores locais, sendo 41% mulheres, promovendo inclusão e desenvolvimento social.

A cultura de segurança do projeto também se destacou, com mais de 20 milhões de horas trabalhadas sem acidentes com afastamento, estabelecendo um novo padrão de segurança para o setor.

Expansão e futuro energético

O complexo da GNA possui licença ambiental para expansão de até 6,4 GW, incluindo potenciais conexões com a rede nacional de gasodutos e a construção de um terminal de GNL onshore, o que posiciona o Porto do Açu como um futuro hub de gás e energia no Brasil.

Segundo a GNA, esse modelo não só fortalece a segurança energética nacional, como também cria condições para o desenvolvimento de novas indústrias na região, alavancando a economia do estado do Rio de Janeiro e do país.

Força na governança e nas parcerias

O projeto da UTE GNA II conta com uma sólida composição acionária, reunindo bp, Siemens Energy e SPIC Brasil, gigantes globais nos setores de energia, tecnologia e sustentabilidade.

Andres Guevara, presidente da bp no Brasil, ressalta: “Este projeto é a prova de que, quando somamos competências e compromisso, entregamos soluções que realmente transformam. Contribuímos com segurança energética para o Brasil e para a construção de um sistema mais limpo e resiliente.”

Para André Clark, Vice-Presidente Sênior da Siemens Energy para a América Latina, “a entrada da UTE GNA II é um marco sem precedentes, trazendo 3 GW de energia perto dos centros de demanda, com as turbinas a gás mais eficientes do mundo, fundamentais para garantir estabilidade e apoiar a expansão das renováveis.”

Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, reforça: “Esse tipo de fonte é fundamental para garantir estabilidade no fornecimento e apoiar a expansão das renováveis, contribuindo para uma transição energética responsável.”

Conclusão

A entrada em operação da UTE GNA II não só fortalece a segurança energética do Brasil, mas também reafirma o papel do gás natural como combustível de transição, integrando confiabilidade, inovação, sustentabilidade e geração de valor econômico e social.

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