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Furto de cabos na rede elétrica cai 17% em SP, mas crime ainda preocupa setor e consumidores

Com tecnologia, segurança patrimonial e parcerias com a polícia, Enel reduz ocorrências e minimiza impactos do crime que afeta milhares de clientes

O furto de cabos da rede elétrica é um problema que impacta diretamente a população, causando apagões, prejuízos financeiros e riscos de acidentes fatais. No entanto, em 2024, a Enel São Paulo registrou uma queda de 17,29% nos casos de furtos em sua área de concessão, que abrange 24 cidades da Região Metropolitana. Foram 9.633 ocorrências no ano passado, contra 11.647 em 2023.

A redução é resultado de ações estratégicas da distribuidora, que envolvem tecnologia, segurança patrimonial e cooperação com as autoridades policiais. Um dos destaques foi a substituição das tampas de ferro por modelos de concreto nos acessos à rede subterrânea, principalmente na região central da capital paulista. Com isso, o número de furtos na rede subterrânea caiu 62%, passando de 134 casos em 2023 para apenas 51 em 2024.

“O modelo de concreto é mais pesado e exige um guindaste para remoção, o que dificulta a ação dos criminosos. Esse material atua como uma ‘blindagem’ contra invasões, garantindo mais segurança à rede elétrica”, explica Anderson Moura, coordenador de Security da Enel São Paulo.

Apesar dos avanços, o crime ainda preocupa, pois coloca a vida dos infratores em risco, além de causar transtornos aos consumidores. O cobre extraído dos cabos é vendido no mercado clandestino, incentivando a continuidade dessa prática criminosa.

Tecnologia e segurança patrimonial como aliadas na prevenção

Além das tampas de concreto, a Enel tem apostado em tecnologia para monitoramento da rede. Sensores e alarmes foram instalados em pontos estratégicos para flagrar a atuação dos criminosos em tempo real.

Nas regiões mais críticas, a distribuidora também intensificou ações de segurança patrimonial, com equipes de vigilância realizando rondas constantes. Caso qualquer atividade suspeita seja detectada, a Enel é acionada e, quando necessário, a polícia também é chamada para intervir.

Mas o combate ao furto de cabos não se limita apenas à prevenção. Para desarticular o mercado ilegal de cobre, a Enel mantém parcerias com a Polícia Militar e o Poder Público, identificando ferros-velhos e estabelecimentos que compram material de origem duvidosa.

“O cobre só é atrativo porque existe um mercado clandestino que o recebe. Precisamos fechar esse ciclo para impedir que o crime continue”, ressalta Anderson Moura.

São Paulo lidera casos de furtos, mas registra queda significativa

A cidade de São Paulo lidera o ranking de furtos de cabos, concentrando 67% das ocorrências em 2024. No entanto, os esforços da Enel surtiram efeito: houve uma redução de 30,45% nos casos na capital, passando de 9.272 ocorrências em 2023 para 6.448 no ano passado.

Mesmo com a redução, alguns bairros ainda registram altos índices de furtos. A Casa Verde foi o mais afetado em 2024, com 1.145 ocorrências, seguido pela Penha (686 casos) e Santana (422 casos).

Fora da capital, Osasco lidera os furtos de cabos entre os municípios atendidos pela Enel, com 1.156 registros em 2024 – um aumento em relação aos 1.072 casos do ano anterior. Outras cidades da Grande São Paulo, como Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, também aparecem no ranking das mais afetadas.

Furto de cabos: crime, riscos e impactos para a população

Além de ser um crime previsto no Código Penal, com pena de reclusão, o furto de cabos coloca em risco a vida dos infratores, que ficam expostos a descargas elétricas de alta voltagem, podendo sofrer acidentes fatais.

Os prejuízos não afetam apenas os criminosos. Os furtos causam interrupções no fornecimento de energia, prejudicando empresas, residências e até serviços essenciais, como hospitais e escolas.

“Estamos comprometidos em reduzir ainda mais esses índices e garantir um fornecimento de energia seguro e confiável para nossos clientes. A tecnologia, a segurança patrimonial e o trabalho conjunto com as autoridades continuarão sendo nossos principais pilares no combate a esse crime”, conclui Anderson Moura.

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