Com aquisição de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas, a Gerdau avança em sua estratégia de autoprodução de energia renovável e redução de emissões de carbono
A Gerdau anunciou um movimento estratégico que reforça sua busca pela sustentabilidade e competitividade no mercado global. A companhia celebrou um acordo com a Atiaia Energia para adquirir duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) localizadas no Mato Grosso, pelo valor aproximado de R$ 440 milhões. O investimento, que ainda depende de aprovações regulatórias, é mais um passo importante na agenda de descarbonização e autoprodução de energia renovável da Gerdau.
As usinas em questão, Garganta da Jararaca e Paranatinga II, somam uma capacidade instalada de 58 MW e garantem 42 MW médios de energia assegurada. Essa produção será destinada ao abastecimento das operações da Gerdau no Brasil, representando cerca de 8% do consumo energético da empresa no país. O investimento será realizado com recursos próprios e deve ser pago à vista no fechamento da transação, conforme termos e condições usuais para esse tipo de operação.
Energia Renovável para Impulsionar a Competitividade
A escolha pela autoprodução de energia renovável não é apenas uma decisão ambiental, mas também estratégica. O custo da energia elétrica é um dos principais componentes no orçamento das empresas siderúrgicas, e a previsibilidade de custos oferecida pela autoprodução é um diferencial em um mercado altamente competitivo. Ao optar por fontes renováveis, a Gerdau também reduz sua exposição às flutuações de preço no mercado de energia, garantindo maior estabilidade para suas operações.
Além disso, a energia gerada pelas PCHs adquiridas contribui para reduzir a pegada de carbono da empresa, uma prioridade em um cenário global onde a sustentabilidade é cada vez mais valorizada por consumidores, investidores e governos. O investimento em energia limpa, portanto, combina ganhos econômicos e reputacionais, consolidando a posição da Gerdau como uma referência em práticas ESG (ambientais, sociais e de governança).
Os Detalhes da Aquisição
As Pequenas Centrais Hidrelétricas adquiridas estão localizadas no estado do Mato Grosso, uma região estratégica devido à abundância de recursos hídricos. A usina Garganta da Jararaca tem capacidade instalada de 29 MW, com 21 MW médios de energia assegurada. Já a Paranatinga II possui os mesmos 29 MW de capacidade instalada, com 17 MW médios assegurados. Ambas foram projetadas para operar de forma sustentável, com impactos ambientais controlados, garantindo eficiência na produção energética sem comprometer os recursos naturais locais.
O investimento reforça a confiança da Gerdau na autoprodução de energia como pilar estratégico de seu negócio. Atualmente, a empresa já possui projetos relevantes na área de energia renovável, e essa aquisição amplia ainda mais sua capacidade de gerar eletricidade de forma limpa e eficiente.
Compromisso com a Descarbonização
A sustentabilidade é um dos principais objetivos da Gerdau. A empresa, que tem quase 120 anos de história, estabeleceu metas claras de redução de emissões de gases de efeito estufa e está implementando uma série de iniciativas para alcançar esse objetivo. A aquisição das PCHs no Mato Grosso é um exemplo concreto de como a companhia está transformando sua operação para ser mais verde e responsável.
Em comunicado oficial, a Gerdau destacou que essa transação está em linha com sua estratégia de aumentar a competitividade dos negócios ao mesmo tempo em que reforça seu compromisso com a transição energética. Ao adotar a autoprodução de energia renovável, a empresa não apenas reduz custos, mas também contribui para um futuro mais sustentável.
Próximos Passos
O fechamento da transação ainda depende da aprovação da autoridade concorrencial brasileira e da conclusão de condições precedentes previstas nos contratos. Uma vez finalizada, a aquisição deve ser incorporada rapidamente ao portfólio energético da Gerdau, com expectativa de contribuir significativamente para suas operações industriais no Brasil.
A transação reforça a ideia de que é possível crescer economicamente sem abrir mão da responsabilidade ambiental, oferecendo uma inspiração para outras empresas que buscam equilibrar competitividade e impacto positivo.