Demanda de Carga no SIN Apresenta Menor Crescimento em Outubro

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Projeções do ONS indicam que a afluência de energia permanecerá abaixo da média em diversos subsistemas

A demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) em outubro de 2024 deve crescer a um ritmo mais lento do que o esperado, conforme indica o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com um crescimento projetado de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, a previsão representa uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação com a estimativa anterior, refletindo um cenário de incertezas que impacta a operação do sistema.

As projeções detalhadas no PMO, que abrange a semana de 5 a 11 de outubro, mostram que todos os subsistemas do SIN enfrentam desafios distintos. A região Norte deverá registrar um crescimento de 9,6%, equivalente a 8.471 MWmed, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam um aumento mais modesto de 3,7%, resultando em 46.356 MWmed. Já as regiões Sul e Nordeste podem ver avanços de 4% (13.265 MWmed) e 3,1% (13.715 MWmed), respectivamente.

Além da previsão de demanda, a Energia Natural Afluente (ENA) tem sido uma preocupação central, com níveis abaixo da Média de Longo Termo (MLT) na maior parte do país. A região Sul é a exceção, prevendo alcançar 100% da MLT até o final de outubro. Nos demais subsistemas, a situação é preocupante: o Sudeste e o Centro-Oeste estão projetados para atingir apenas 45% da MLT, o Norte 40% e o Nordeste apenas 31%.

As perspectivas para os níveis de Energia Armazenada (EAR) também mostram que, embora haja sinais de melhora em alguns subsistemas, ainda há uma preocupação com a capacidade de armazenamento em outras regiões. O Sul e o Norte devem apresentar níveis superiores a 50% da EAR, com projeções de 62,7% e 62,1%, respectivamente. Em contraste, o Nordeste deve registrar apenas 43,8%, enquanto o Sudeste/Centro-Oeste deve atingir 40,1%. Esses números são indicativos do que se espera em um período tipicamente seco.

O Custo Marginal de Operação (CMO) permanece constante em todas as regiões, fixado em R$ 552,40. Essa estabilidade nos custos pode ser um fator importante a ser considerado pelos agentes do setor, especialmente em um cenário de demanda reduzida.

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