Ministro Alexandre Silveira anuncia iniciativa em parceria com fundos internacionais para promover hidrogênio verde e consolidar o Brasil como líder na transição energética até 2035
O Brasil deu um passo importante rumo à descarbonização de sua indústria com o anúncio de R$ 6 bilhões em investimentos para a criação de hubs de hidrogênio verde. A iniciativa foi apresentada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante uma reunião paralela do Ministerial de Energia Limpa e Missão Inovação (CEM-MI), realizada em Foz do Iguaçu (PR), na última quinta-feira (3/10). O projeto é uma parceria estratégica com o Climate Investment Funds (CIF), que oferecerá financiamento a baixo custo para impulsionar projetos industriais de hidrogênio de baixa emissão de carbono no país.
O anúncio ressalta o compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade e a transição energética, alinhando-se ao Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). O objetivo central é consolidar polos de hidrogênio de baixa emissão até 2035, aproveitando os vastos recursos energéticos do Brasil e a capacidade inovadora de sua indústria.
Hidrogênio Verde: A Solução para a Descarbonização Industrial
O hidrogênio verde tem ganhado destaque mundial como uma das soluções mais promissoras para a descarbonização de setores industriais difíceis de descarbonizar, como a siderurgia, a petroquímica e o transporte de longa distância. O Brasil, com sua abundância de fontes renováveis, como energia solar e eólica, está bem posicionado para se tornar um dos maiores produtores globais desse combustível do futuro.
De acordo com o ministro Alexandre Silveira, a estruturação dos polos de hidrogênio não só atenderá à demanda interna, mas também colocará o Brasil em uma posição de destaque no cenário global. “Queremos consolidar polos de hidrogênio de baixa emissão no Brasil até 2035, aproveitando nossa vasta riqueza de produtos energéticos e a criatividade do nosso setor industrial. Esses polos integrarão a produção, armazenagem e transporte, conectando diferentes setores da economia para uma transição energética eficiente”, afirmou o ministro.
Parceria com o Climate Investment Funds (CIF)
A parceria com o Climate Investment Funds (CIF) é um dos principais pilares da iniciativa. O fundo internacional, que já é referência em promover soluções sustentáveis ao redor do mundo, oferecerá financiamento a baixo custo para projetos brasileiros que contribuam para a transição energética. O objetivo é alavancar investimentos privados e públicos, viabilizando projetos que atendam aos critérios de elegibilidade do CIF, com foco na descarbonização de indústrias de difícil abatimento de emissões.
Além disso, a chamada pública, que será lançada em breve, abrirá oportunidades para que empresas brasileiras apresentem soluções inovadoras em hidrogênio de baixa emissão de carbono. As propostas poderão abranger desde estudos de engenharia e viabilidade até a compra de equipamentos e capital de giro, facilitando a implementação desses projetos em diversas etapas da cadeia produtiva.
Apoio Internacional e Inovação Tecnológica
Outro destaque do anúncio foi a colaboração com o Reino Unido, representada no evento pela ministra do Clima do Departamento de Segurança Energética e Net Zero, Kerry McCarthy. Essa parceria é mais um sinal do alinhamento do Brasil com as melhores práticas globais para promover a transição energética e fortalecer o combate às mudanças climáticas.
A CEO do Climate Investment Funds, Tariye Gbadegesin, também participou do evento e destacou a importância da colaboração entre nações para alcançar as metas climáticas globais. “O Brasil tem um papel crucial na descarbonização global, e o investimento em hubs de hidrogênio é uma oportunidade única para o país liderar esse processo em um dos setores mais estratégicos da economia”, ressaltou Gbadegesin.
Brasil como Líder Global em Hidrogênio Verde
O investimento nos hubs de hidrogênio reforça a posição do Brasil como um dos principais candidatos a líder global na produção e exportação de hidrogênio verde. Com seu potencial de geração de energia limpa, o país pode se tornar um grande fornecedor para mercados europeus e asiáticos, que estão em busca de alternativas energéticas para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.
A meta de consolidar polos de hidrogênio até 2035, como parte do Programa Nacional de Hidrogênio, é ambiciosa, mas também necessária para que o Brasil se posicione como um competidor relevante na nova economia verde.