Este acordo pioneiro abastecerá dez unidades da Fundação, economizando R$ 60 milhões anuais e reduzindo em 48 mil toneladas as emissões de CO2.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou um contrato público inovador com a Echoenergia, empresa do Grupo Equatorial, para o fornecimento de energia renovável através do mercado livre de energia. Este acordo histórico abastecerá dez unidades da Fiocruz em cinco estados brasileiros (Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Amazonas e Minas Gerais), além do Distrito Federal, com energia elétrica proveniente das usinas da Echoenergia. Com essa iniciativa, a Fiocruz se destaca como o primeiro órgão público federal de grande porte a migrar para o mercado livre de energia, uma mudança significativa que reflete seus altos padrões de consumo energético devido aos seus diversos campi.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destaca a importância e os benefícios deste projeto: “Adotaremos energia 100% renovável, com fonte rastreável, em dez unidades da nossa instituição. Trata-se de um caminho irreversível na busca por uma matriz energética compatível com nossa preocupação com o meio ambiente. Além de promovermos uma gestão ambientalmente mais responsável, esta iniciativa proporcionará uma economia superior a 60 milhões de reais anuais, o que significa mais recursos para nossas atividades finalísticas.”
Além da significativa economia gerada pelo fornecimento aproximado de 320 GWh de energia renovável até dezembro de 2025, o projeto também contribuirá para a redução das emissões de carbono. Estima-se que 48 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) deixarão de ser emitidas anualmente. A transição para o uso de energia renovável é uma estratégia planejada da Fiocruz para economizar na fatura de energia elétrica dos seus campi de maneira simples e sustentável.
O contrato também inclui a emissão de certificados I-RECs, garantindo a rastreabilidade renovável de todo o volume de energia utilizado pela Fiocruz durante a vigência do contrato. Ana Beatriz Alves Cuzzatti, coordenadora-geral de infraestrutura da Fiocruz, ressalta a relevância desta ação: “Este projeto é um marco inovador por diversas razões, mas principalmente na demonstração de que a administração pública tem rompido paradigmas adotando soluções modernas e eficientes. Energia 100% renovável, rastreável e com resultados econômicos expressivos, uma potente expressão de uso racional do recurso público.”
A iniciativa reforça o compromisso da Fiocruz com a inovação e a adaptação às mudanças do mercado. Bruno Amorim, coordenador do projeto na Fiocruz, afirma: “Estamos entusiasmados com esse passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e eficiente em termos energéticos. Garantimos uma fonte de energia mais confiável e econômica para nossas operações, reafirmando nosso compromisso com a redução das emissões de carbono e a proteção do meio ambiente.”
O Mercado Livre de Energia, onde se deu esta negociação, permite que clientes negociem diretamente a compra da sua energia com geradores, mantendo a distribuidora local como prestadora do serviço de distribuição e entrega física da energia. Uma das principais vantagens deste mercado é a redução de custos, que pode chegar até 40% da conta de energia elétrica, além dos impactos diretos relacionados à sustentabilidade, cada vez mais relevantes para todas as empresas brasileiras.