Audiência no Senado abordará o papel do Brasil na cadeia global de produção de lítio, essencial para a transição energética e tecnológica
No cenário de transição energética e avanços tecnológicos, o Brasil se prepara para debater estratégias relacionadas à exploração do lítio, mineral essencial na fabricação de baterias para telefones celulares, veículos elétricos e outras aplicações. A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal promoverá uma audiência pública interativa na próxima terça-feira (18), às 10h, na sala 13 da Ala Alexandre Costa, para discutir o papel do país nesse contexto.
O lítio, conhecido como “o metal mais leve”, tem múltiplos usos, incluindo na produção de ligas metálicas e medicamentos. Embora sua mineração seja predominante em países como Bolívia, Argentina, Chile, México e Croácia, o Brasil também possui atividades de mineração de lítio, especialmente na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
A audiência contará com a participação de representantes dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO).
O senador Esperidião Amin (PP-SC), requerente do debate, destaca a importância estratégica do lítio para a transição energética, observando que o mineral é fundamental para as baterias de veículos elétricos e para a geração de energias renováveis. Amin ressalta que a demanda por lítio deve crescer exponencialmente nas próximas décadas, podendo aumentar até 40 vezes.
Além disso, Amin cita o Decreto 11.120, de 2022, que facilita as operações de comércio exterior de minerais e minérios de lítio e seus derivados, o que tem atraído investimentos para pesquisa e produção do mineral no Brasil. Ele também destaca o lançamento mundial da iniciativa “Lithium Valley Brazil”, realizado em maio deste ano, na bolsa de valores de Nova York Nasdaq, que coloca o Vale do Jequitinhonha no mapa global da cadeia de lítio, com quatro mineradoras listadas na Nasdaq, desenvolvendo projetos de exploração do mineral na região, com participação de empresas do Canadá, Estados Unidos e Austrália.