Projeto visa garantir segurança e eficiência operacional, com substituição de equipamentos originais após 68 anos de funcionamento
A Usina Henry Borden, em operação desde abril de 1956, está passando por um importante processo de modernização com o retrofit completo de sua unidade 14, localizada na seção subterrânea. Esta é a primeira vez que a máquina passa por uma renovação tão abrangente, incluindo a substituição de equipamentos originais considerados defasados e no final de sua vida útil.
Inserido no projeto de modernização das unidades geradoras 11 a 16, o retrofit também abrange a substituição dos geradores das unidades 15 e 16, com previsão de conclusão até 2025. O investimento totaliza R$ 105 milhões e está a cargo do consórcio Voith Henry Borden.
As melhorias em andamento na unidade 14 abrangem a troca de reguladores de velocidade e tensão, a substituição das tubulações de água para refrigeração e da excitação do gerador de rotativo para estático, além da implementação de automação completa. Os enrolamentos estatóricos dos geradores 15 e 16 também serão atualizados de classe B para F, o que proporcionará maior confiabilidade e segurança à usina subterrânea, construída nos anos de 1960 e 1961, respectivamente. Após o retrofit, as unidades contarão com operação e supervisão remota.
Leilton Santos, coordenador de engenharia mecânica, destaca a importância da modernização para garantir a segurança e disponibilidade operacional, reduzindo intervenções para manutenção corretiva. Com os novos equipamentos, os índices de qualidade e desempenho serão mantidos dentro dos padrões regulatórios estabelecidos.
O processo de modernização das usinas hidrelétricas da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) é gradual e conta com recursos provenientes da Gestão dos Ativos de Geração em Melhorias (GAG Melhorias), parte da Receita Anual de Geração (RAG) dessas usinas. A unidade mais recentemente modernizada foi a número 13.
João Ribeiro da C. Neto, gerente do Departamento de Engenharia, destaca que o retrofit faz parte do planejamento da EMAE para revitalização e extensão da vida útil de seus equipamentos, sendo monitorado pela ANEEL por meio de indicadores de qualidade da usina.
A execução do trabalho na unidade 14 conta com a participação de aproximadamente 50 funcionários da Voith, além das equipes de Engenharia, Manutenção e Operação da EMAE. As unidades 11 a 14 ficarão paradas por 60 dias cada, enquanto as unidades 15 e 16 serão interrompidas por 120 dias cada.