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ENGIE e Sylvamo fecham parceria estratégica para impulsionar energia renovável no Brasil

Acordo prevê fornecimento de energia renovável por meio de parques eólicos para reduzir emissões e fortalecer a sustentabilidade industrial

A transição energética no Brasil ganha um novo capítulo com a parceria firmada entre a ENGIE Brasil, maior geradora de energia renovável do país, e a Sylvamo, multinacional líder na produção de papel. O contrato, anunciado recentemente, estabelece o fornecimento de eletricidade renovável a partir do Complexo Eólico Serra do Assuruá, localizado na Bahia. O objetivo da parceria é garantir que até 60% da energia consumida pela unidade da Sylvamo em Mogi Guaçu (SP) seja proveniente de fontes limpas e sustentáveis.

O Complexo Serra do Assuruá é uma das maiores iniciativas em energia eólica em desenvolvimento no Brasil e simboliza o avanço do setor industrial rumo a uma produção mais responsável e alinhada às metas ambientais globais. A energia gerada pelo parque abastecerá diretamente a fábrica da Sylvamo, contribuindo para uma redução estimada de 5% nas emissões de gases de efeito estufa da empresa na América Latina — um passo significativo em direção ao compromisso ambiental firmado pela companhia para 2030.

Fabiano Rodrigues, diretor de cadeia de suprimentos e florestal da Sylvamo, destaca a importância da iniciativa: “Este projeto foca na geração e uso de energia renovável, o que se alinha perfeitamente com nossa promessa de produzir papel das formas mais responsáveis e sustentáveis. A redução das nossas emissões reforça nossa dedicação em equilibrar crescimento industrial e preservação ambiental”.

Energia limpa como motor da indústria sustentável

A parceria entre as empresas reflete uma tendência cada vez mais evidente no mercado energético brasileiro: grandes indústrias, tradicionalmente vistas como intensivas em consumo elétrico, estão migrando para contratos de fornecimento de energia renovável a longo prazo. Além de garantirem previsibilidade nos custos, essas iniciativas fortalecem a imagem corporativa das companhias, que ganham destaque ao adotar práticas sustentáveis e alinhadas às exigências ambientais globais.

Para a ENGIE, o acordo reforça sua atuação como parceira estratégica da descarbonização industrial. A empresa, que já possui uma carteira robusta de projetos de geração de energia renovável, vê na colaboração com a Sylvamo uma oportunidade de expandir o impacto positivo de seus empreendimentos.

“Geramos energia renovável enquanto mantemos um forte compromisso ambiental em torno de nossas operações. Priorizamos um relacionamento próximo e voltado para a parceria com nossos clientes, que têm a oportunidade de usar energia renovável em seus negócios e contribuir cada vez mais para a sustentabilidade do planeta”, destaca Gabriel Mann, diretor de Comercialização da ENGIE Brasil Energia.

O Complexo Eólico Serra do Assuruá, onde a energia será gerada, representa um marco para a companhia no Nordeste. A região, com seus ventos constantes e abundantes, se consolida como um dos principais polos de geração de energia eólica do Brasil, atraindo cada vez mais investimentos de grandes players do setor.

Compromisso com o futuro verde

A parceria entre ENGIE e Sylvamo não se resume ao fornecimento de eletricidade. Ela simboliza uma mudança estrutural no modo como grandes indústrias enxergam a sustentabilidade: não mais como uma responsabilidade isolada, mas como um eixo central das operações e do planejamento de longo prazo.

A Sylvamo, ao vincular sua produção de papel à energia limpa, dá um exemplo de como a inovação industrial pode coexistir com práticas ambientais responsáveis. O impacto vai além da redução de emissões: a escolha da companhia fortalece a cadeia produtiva sustentável, gerando demanda contínua por energia renovável e incentivando novos investimentos em infraestrutura verde.

Por outro lado, a ENGIE Brasil Energia solidifica seu papel como protagonista da transição energética no país, oferecendo soluções que não apenas fornecem eletricidade, mas ajudam seus parceiros a atingir metas ambientais concretas e transparentes.

O acordo entre as empresas reforça uma tendência global que já se reflete com força no Brasil: a busca por um modelo de desenvolvimento industrial em que crescimento econômico e preservação ambiental andam lado a lado — e, cada vez mais, impulsionados pelo vento.

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