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Estagiária da Eletronuclear Conquista Vaga para Visitar a Nasa Após Vencer Concurso Global

Larissa Borges de Melo, estudante de Engenharia Elétrica, desenvolveu tecnologia para detectar abalos sísmicos e se destacou entre 90 mil participantes de 185 países

Uma brasileira de 22 anos está prestes a cruzar as fronteiras do espaço – ou quase isso. Larissa Borges de Melo, estudante de Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), conquistou o direito de visitar os centros da Nasa e assistir ao lançamento de um foguete após vencer o prestigiado “Hackathon”, competição global de programação organizada pela agência espacial norte-americana.

A conquista veio graças a um programa criado por Larissa e seu grupo, os “42 QuakeHeroes”, para detectar abalos sísmicos e enviar os sinais para a Terra de maneira eficiente e com menor gasto de energia. O projeto foi um dos dez melhores entre mais de 90 mil participantes de 185 países.

O desafio: inovação em 48 horas

O “Hackathon” é uma maratona que desafia equipes de até seis pessoas a resolver problemas reais usando dados disponibilizados pela Nasa. Os participantes têm apenas 48 horas para criar, testar e apresentar suas soluções.

Nesta edição, Larissa e seus colegas decidiram enfrentar um dos desafios relacionados à detecção de abalos sísmicos. Eles desenvolveram a programação de um módulo de pouso capaz de identificar ruídos de tremores e otimizar o envio dos sinais à Terra, utilizando dados das missões Apolo 12, 15 e do módulo de pouso atualmente em Marte.

“Usamos esses dados para criar um programa que detecta abalos a partir de ruídos e apresenta os resultados em uma plataforma visual. Testamos a acurácia para demonstrar sua eficácia, e foi incrível ver o que conseguimos construir em tão pouco tempo”, explicou Larissa.

A equipe “42 QuakeHeroes” é formada por estudantes de diferentes cursos da UFU, o que trouxe multidisciplinaridade para o projeto.

A jornada de Larissa na Eletronuclear

Antes de brilhar no Hackathon, Larissa já acumulava experiências notáveis como estagiária de férias na Eletronuclear. Em 2023, ela trabalhou no Departamento de Gestão de Manutenção (DGM.O) e, em 2024, no Laboratório de Monitoração Ambiental (LMA).

Essas vivências despertaram seu interesse por temas relacionados às mudanças climáticas, o que foi decisivo na escolha do desafio que a equipe resolveu durante a competição. “Meu trabalho na Eletronuclear me aproximou de questões ambientais e me deu a base para entender como dados podem ser usados para criar soluções de impacto”, destacou Larissa.

Superação e vitória global

O caminho até o reconhecimento internacional foi árduo. Em 2023, Larissa participou pela primeira vez do Hackathon, mas o grupo ficou entre os finalistas da etapa brasileira e não avançou para as fases seguintes. Desta vez, o esforço foi recompensado.

“Ficar entre os 40 melhores projetos já era motivo de comemoração, especialmente porque apenas sete grupos brasileiros chegaram a essa etapa. Quando soubemos que ficamos entre os vencedores, foi uma emoção indescritível”, celebrou Larissa.

Os dez projetos vencedores terão a oportunidade de apresentar suas soluções para a diretoria da Nasa, além de visitar três centros da agência e assistir a um lançamento de foguete.

Impacto e inspiração

A vitória de Larissa e seus colegas vai além do reconhecimento acadêmico. O projeto demonstra como a tecnologia pode ser usada para resolver problemas globais e abre portas para jovens brasileiros em competições internacionais.

A trajetória da estudante também reforça a importância de programas de estágio e formação prática, como os oferecidos pela Eletronuclear, para preparar talentos que podem impactar o mundo.

“Espero que nossa conquista inspire outras pessoas a acreditarem que, com dedicação e trabalho em equipe, é possível alcançar sonhos aparentemente impossíveis”, finalizou Larissa.

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