Maior produtora independente de óleo e gás do Brasil inicia operação com 300 mil m³/dia e aposta em Wahoo para multiplicar produção e consolidar presença no mercado de gás
A PRIO inaugurou uma nova fase em sua trajetória com o início das operações de comercialização de gás natural diretamente ao mercado. A companhia estreia com uma produção inicial de 300 mil m³/dia, mas já projeta uma escalada significativa nos próximos meses, impulsionada pela entrada em operação do campo de Wahoo, na Bacia de Campos. A estimativa é superar a marca de 1 milhão de m³/dia em 2025, consolidando sua posição estratégica no mercado de gás natural brasileiro.
A iniciativa marca um importante passo na verticalização da PRIO, que agora passa a integrar todas as etapas da cadeia produtiva do gás – da extração à comercialização. A empresa se aproveita do momento de expansão do mercado livre de gás no país, apresentando uma estrutura robusta e eficiente para atender diversos segmentos, como indústrias, distribuidoras e usinas térmicas.
“Criar a comercializadora para acessar o mercado livre de gás natural e seus derivados foi uma decisão estratégica essencial para a PRIO. Estamos em um momento de crescimento significativo da produção e de desenvolvimento acelerado do mercado. Essa combinação cria um cenário muito promissor para nossos negócios”, afirma Gustavo Hooper, Head de Trading e Shipping da PRIO.
Infraestrutura e operação integrada
Para garantir a eficiência da operação, a PRIO utilizará o Sistema Integrado de Escoamento da Bacia de Campos (SIE-BC) e a Unidade de Processamento de Gás Natural de Cabiúnas (UTGCAB), ambas operadas pela Petrobras. O gás será transformado em diferentes produtos na UTGCAB e transportado pelas malhas de gás TAG e NTS, permitindo o atendimento a diversas regiões do Brasil.
Segundo Hooper, a estratégia da PRIO também contempla a comercialização de gás de outras companhias, expandindo ainda mais seu portfólio. “Estamos prontos para negociar não apenas nosso gás, mas também o de outras empresas. Isso nos posiciona como um player relevante em um mercado que está ganhando escala e se diversificando rapidamente”, explica.
Além disso, a PRIO está investindo na construção de uma carteira diversificada de clientes, buscando contratos que garantam um fluxo constante e retorno financeiro otimizado.
Campo de Wahoo: o futuro da PRIO no gás natural
O grande diferencial para a ampliação da produção de gás natural está no campo de Wahoo, localizado na Bacia de Campos. O projeto conta com um tieback submarino de 35 quilômetros – o maior da América Latina – que conectará o campo à infraestrutura já existente.
A expectativa é que o campo de Wahoo atinja uma produção de até 40 mil barris de óleo por dia e mais de 1 milhão de m³/dia de gás natural. O projeto também terá um impacto relevante na economia local e nacional, gerando mais de R$ 3 bilhões em royalties para a União e o estado do Espírito Santo.
“O licenciamento ambiental do IBAMA é o próximo passo para iniciarmos a perfuração dos poços. Enquanto isso, estamos nos preparando com investimentos significativos, tanto em infraestrutura quanto no desenvolvimento da cadeia de suprimentos local”, ressalta Hooper.
Com um investimento total de R$ 4,5 bilhões, a PRIO já destinou cerca de 80% desse montante para contratações e parcerias com fornecedores brasileiros. Antes mesmo de entrar em operação, o projeto de Wahoo já movimentou mais de R$ 1 bilhão na economia local, gerando empregos e fomentando o desenvolvimento da indústria de óleo e gás no Espírito Santo.
Impacto no mercado de gás natural
A entrada da PRIO como comercializadora representa uma mudança importante no mercado brasileiro de gás natural. A empresa se posiciona como uma alternativa eficiente e integrada em um momento de transição do setor energético no Brasil, marcado pela abertura do mercado de gás e pela busca por fontes de energia mais limpas e acessíveis.
Com a ampliação da produção e a entrada de Wahoo no portfólio, a PRIO promete aumentar significativamente sua participação no mercado e se consolidar como uma das maiores referências do setor. A estratégia, alinhada ao crescimento da demanda por gás natural no Brasil, reforça o papel da empresa como líder na transformação energética do país.