MME Inicia Consultas Públicas para Inclusão do Paraguai nas Diretrizes de Importação de Energia

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Iniciativa visa fortalecer a integração energética regional e otimizar o comércio de energia elétrica entre Brasil e Paraguai

O Ministério de Minas e Energia (MME) deu início nesta sexta-feira (27/09) às consultas públicas para a inclusão do Paraguai nas diretrizes brasileiras de importação de energia elétrica. Esta ação marca um passo importante em direção à integração energética regional e à otimização do uso dos recursos energéticos. As contribuições da sociedade poderão ser enviadas até o dia 09 de outubro.

Objetivos das Consultas Públicas

Serão realizadas duas consultas públicas: uma referente à importação interruptível e outra à importação estrutural, com o intuito de firmar contratos no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Esta é uma inovação no setor, que visa ampliar as opções de intercâmbio energético.

A importação interruptível, que já está regulamentada pela Portaria Normativa MME nº 60/2022, atualmente envolve o intercâmbio internacional com Argentina e Uruguai. A proposta do MME é expandir essa prática, permitindo que o Paraguai também participe desse processo.

Fortalecimento da Integração Energética

As medidas propostas estão alinhadas com o Memorando de Entendimento entre Brasil e Paraguai sobre Itaipu Binacional, assinado em abril deste ano. Esse acordo busca fortalecer a integração energética entre os países e promover uma utilização mais eficiente dos recursos energéticos disponíveis.

Através desta iniciativa, o MME pretende aprimorar as modalidades de comércio de energia entre o Brasil e seus países vizinhos, visando uma maior racionalidade e benefícios para o setor elétrico e seus consumidores.

Estruturas das Importações

Atualmente, os intercâmbios tratados (com Argentina, Uruguai e Venezuela) operam em um formato temporário e interruptível, dependendo da disponibilidade de recursos e da capacidade de transporte do país. A inclusão do Paraguai na modalidade de importação interruptível permitirá que essa prática seja gerida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), visando a otimização do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Por outro lado, a importação com a intenção de firmar contratos no ACL é uma modalidade estrutural que pode ser utilizada como recurso de suprimento eletroenergético, ampliando as possibilidades de contratação no mercado livre.

Participação da Sociedade

O MME convida a sociedade a participar ativamente das consultas públicas, contribuindo com sugestões e comentários que serão considerados na elaboração da nova portaria, a ser publicada após a análise das contribuições recebidas.

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