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Hugo Motta defende universalização da energia elétrica como pilar de cidadania e desenvolvimento nacional

Em celebração aos 120 anos da Energisa, presidente da Câmara dos Deputados destaca importância da expansão do acesso, da modernização das redes e da transição energética justa

Em discurso proferido nesta terça-feira (27), durante sessão solene no Senado Federal em homenagem aos 120 anos do Grupo Energisa, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma defesa enfática da universalização do acesso à energia elétrica no Brasil. Para o parlamentar, a eletricidade não deve ser tratada apenas como um elemento de infraestrutura, mas, sobretudo, como um instrumento de cidadania, desenvolvimento econômico e inclusão social.

“A luz que chega ao campo, ao hospital e à casa transforma o cotidiano, abre horizontes e fortalece a dignidade humana. Sua presença ou ausência afeta a competitividade da economia, a inclusão social, a produtividade da indústria e o funcionamento dos serviços públicos”, declarou Hugo Motta, destacando o papel essencial da energia no combate às desigualdades regionais e no fortalecimento da cidadania.

Energia como direito, não privilégio

O presidente da Câmara salientou que, embora o Brasil tenha alcançado importantes avanços na expansão do sistema elétrico, ainda há desafios significativos a serem superados para garantir que o serviço seja acessível a todas as regiões do país, especialmente nas áreas rurais, remotas e de difícil acesso.

Segundo Motta, é fundamental que o setor elétrico brasileiro evolua em três frentes estratégicas: ampliar o acesso em regiões menos atendidas; modernizar redes antigas, garantindo maior eficiência; e investir em sistemas mais resilientes, capazes de suportar os efeitos cada vez mais frequentes dos eventos climáticos extremos.

O parlamentar reforçou que a universalização da energia elétrica deve ser tratada como uma política pública prioritária e alinhada ao princípio da justiça social. “É imprescindível garantir que a transição energética ocorra de maneira justa e equilibrada, promovendo oportunidades para todos, sem deixar ninguém para trás”, afirmou.

Equilíbrio entre Estado e iniciativa privada

Hugo Motta também enfatizou a necessidade de um ambiente regulatório estável e transparente, que permita o equilíbrio entre a iniciativa privada e o papel do Estado na supervisão e no planejamento do setor. Para ele, a universalização do acesso à energia só será plenamente alcançada se o setor operar sob marcos regulatórios claros, previsíveis e transparentes, capazes de estimular investimentos, proteger os direitos do consumidor e assegurar a sustentabilidade do serviço.

“O acesso à energia elétrica não pode ser um privilégio; deve ser um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros”, pontuou Motta, ressaltando que a segurança regulatória é essencial para atrair investidores dispostos a financiar a expansão das redes e a modernização da infraestrutura energética do país.

120 anos do Grupo Energisa e a relevância do setor elétrico

A solenidade no Senado Federal marcou a celebração dos 120 anos de atuação do Grupo Energisa, uma das principais empresas privadas do setor elétrico brasileiro, com forte presença nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Ao destacar a trajetória da companhia, Hugo Motta ressaltou a importância da atuação das distribuidoras privadas no processo de interiorização da energia elétrica, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social de diversas localidades.

O parlamentar aproveitou a ocasião para reforçar a necessidade de que o setor elétrico se adapte às transformações em curso, como a digitalização dos sistemas, a expansão da geração distribuída, o avanço das energias renováveis e o fortalecimento das redes inteligentes.

Transição energética e segurança do abastecimento

Hugo Motta destacou ainda que a transição energética, baseada na ampliação das fontes renováveis e na redução das emissões de gases de efeito estufa, precisa ser conduzida com equilíbrio, de forma a preservar a segurança do abastecimento e a modicidade tarifária, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade ambiental.

“A transição energética deve ser inclusiva, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso não apenas à energia, mas a uma energia limpa, segura e acessível”, concluiu o presidente da Câmara.

A defesa de Hugo Motta reforça a compreensão crescente no meio político e empresarial de que a universalização do acesso à energia elétrica é uma condição indispensável para o desenvolvimento sustentável do país, para a promoção da igualdade de oportunidades e para a construção de uma sociedade mais justa e resiliente.

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