Banco amplia carteira verde com foco em inovação, descarbonização e geração renovável na Região Sul
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) consolida sua posição como um dos principais agentes financeiros da transição energética no Brasil. Nos últimos dez anos, o banco alcançou a expressiva marca de R$ 4,7 bilhões em financiamentos destinados a projetos de geração e transmissão de energia limpa, além de iniciativas focadas em eficiência energética.
O dado foi apresentado nesta semana pelo diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, durante participação na Fiema Brasil 2025, realizada no Parque de Exposições de Bento Gonçalves (RS). Segundo Busatto, esse volume de investimentos não apenas demonstra a solidez da atuação do BRDE no setor, como também reflete um compromisso institucional com a sustentabilidade, a descarbonização e a segurança energética da Região Sul e do país.
“Trata-se de um volume de recursos que é representativo, pois são investimentos com enorme impacto em favor do meio ambiente, o que reforça o nosso compromisso com a transição energética sustentável”, destacou o diretor.
Crescimento e diversificação dos projetos financiados
Somente em 2024, o BRDE financiou 220 projetos de geração de energia limpa, com um total de R$ 365 milhões aplicados em empreendimentos que utilizam fontes como biomassa, biocombustíveis, energia eólica, hídrica e solar.
Esse número reflete uma estratégia clara de expansão e diversificação da carteira verde do banco, que busca apoiar projetos de geração distribuída, geração centralizada e soluções integradas de eficiência energética para indústrias, agronegócio e setores urbanos.
Leonardo Busatto também ressaltou o papel das parcerias multilaterais na ampliação da capacidade financeira do BRDE. “Não se encontra dinheiro disponível no mundo que não esteja alinhado aos compromissos da preservação ambiental e da redução de emissões”, afirmou.
Impacto ambiental positivo e redução de carbono
Além dos números financeiros, o banco apresentou dados dos principais projetos financiados na última década, destacando os impactos diretos na geração de energia limpa e na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Esses projetos contribuem diretamente para os esforços do Brasil no cumprimento de suas metas climáticas, alinhadas ao Acordo de Paris, e fortalecem a matriz energética nacional, reconhecida internacionalmente por sua alta participação de fontes renováveis.
Inovação com hidrogênio verde e descarbonização da indústria
O painel promovido na Arena de Inovação da Fiema Brasil também contou com a participação de Luiz Paulo Hauth, CEO da Phama Energias Renováveis, que apresentou um projeto inovador voltado à produção de fertilizantes descarbonizados e ração animal utilizando hidrogênio verde (H2V).
O projeto prevê a construção de três unidades industriais, a primeira em implantação no município de Passo Fundo (RS), e outras duas programadas para as cidades de Tio Hugo e Condor. Trata-se de uma iniciativa que reforça a tendência global de descarbonização da cadeia produtiva e o avanço da economia do hidrogênio verde no Brasil.
O debate foi mediado por Rodrigo Huguenin, diretor do Departamento de Energia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que ressaltou a importância de alinhar desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental.
BRDE fortalece protagonismo na economia verde
A atuação do BRDE se conecta diretamente com a crescente demanda global por financiamentos sustentáveis, condição que tem se tornado critério indispensável para acesso a linhas de crédito internacionais e investimentos de fundos ESG.
Na 10ª edição da Fiema Brasil, o banco não apenas participou como painelista, mas também marcou presença como patrocinador oficial, reforçando seu compromisso com a promoção de uma economia circular, verde e de baixo carbono na Região Sul.
“Nossa missão é oferecer crédito que não apenas gera desenvolvimento econômico, mas também contribui efetivamente para a sustentabilidade ambiental, apoiando a construção de uma matriz energética cada vez mais limpa, segura e resiliente”, concluiu Busatto.
O BRDE segue como uma peça-chave no financiamento de projetos que vão ao encontro dos desafios contemporâneos da transição energética, da descarbonização da economia e do desenvolvimento sustentável, consolidando sua liderança no fomento à energia limpa no Brasil.