Clube paraense firma parceria com a Resolve e passará a operar com 100% de energia solar, reduzindo custos e emissões em um movimento pioneiro na região Norte
Em um momento em que o debate ambiental ganha destaque nacional com a aproximação da COP 30, que será realizada em Belém, o Paysandu Sport Club anuncia um passo decisivo rumo à sustentabilidade. O clube fechou uma parceria com a Resolve, maior empresa do setor de energia solar na região Norte, para o fornecimento de energia limpa às suas principais instalações. O acordo, válido por 20 anos, transforma o Paysandu em uma das primeiras agremiações esportivas da Amazônia Legal a operar com 100% de energia solar.
O contrato contempla o Estádio Banpará Curuzu, a Sede Social, a Sede Náutica e o Centro de Treinamento Raul Aguilera. A iniciativa inclui a instalação de placas fotovoltaicas e até mesmo a construção de uma usina solar própria, garantindo o abastecimento e o armazenamento energético de forma totalmente sustentável.
Economia e responsabilidade ambiental
Com a medida, o clube estima uma redução de cerca de 60% nos custos mensais com energia elétrica. Segundo o presidente do Paysandu, Roger Aguilera, a economia proporcionada será significativa, especialmente diante dos desafios financeiros típicos de um clube da Série B do Campeonato Brasileiro.
“Essa é uma parceria que nos enche de orgulho. Passamos a contribuir com o meio ambiente e ainda vamos economizar o equivalente a um salário de um jogador da Série B. A chegada da Resolve não poderia vir em melhor hora”, destacou Aguilera.
A estruturação do projeto prevê que, na Sede Social e na Sede Náutica, os painéis solares serão instalados nas coberturas principais. Já na Curuzu, a instalação ocorrerá sobre o setor de cadeiras do estádio. No CT Raul Aguilera, será construída uma usina específica para armazenamento da energia renovável, consolidando a autonomia energética do clube.
Iniciativa pioneira no futebol da Amazônia
Para o CEO Comercial e de Marketing do clube, Rafael Zanette, o movimento é estratégico, tanto no aspecto ambiental quanto no institucional. Segundo ele, poucos clubes no Brasil investiram em um modelo semelhante, e a parceria posiciona o Paysandu como referência de inovação e responsabilidade ambiental no futebol da região Norte.
“Fechamos com a maior empresa do segmento na região. A marca Resolve agora se junta à do maior clube do Norte. Estamos confiantes de que essa será uma parceria duradoura e de grande impacto”, disse Zanette.
A parceria também prevê a exposição da marca Resolve nos uniformes do time profissional, nas costas da camisa de jogo e nos uniformes de treino, além de ativações em painéis publicitários no CT, backdrops de entrevistas e conteúdos nas redes sociais ao longo dos próximos dois anos.
Sinal verde para a COP 30
Belém se prepara para receber, em novembro de 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A cidade, que terá os olhos do mundo voltados para sua capacidade de liderar iniciativas de transição ecológica, agora conta com o protagonismo de um de seus maiores símbolos culturais e esportivos.
O anúncio do Paysandu reforça o papel que o esporte pode desempenhar na educação ambiental e na transição energética, engajando torcedores e a comunidade em práticas sustentáveis. A adoção de energia solar pelo clube dialoga diretamente com as metas de neutralidade de carbono, uso de fontes renováveis e descarbonização das atividades urbanas, temas centrais da COP 30.
Energia solar e o setor esportivo
O investimento em energia solar por clubes de futebol ainda é um movimento recente no Brasil. Em um cenário onde os custos operacionais pesam sobre os orçamentos esportivos, a adoção de fontes renováveis oferece uma alternativa inteligente, financeiramente viável e alinhada com os princípios da governança ambiental, social e corporativa (ESG).
Com a assinatura do contrato com a Resolve, o Paysandu se junta a um grupo seleto de clubes que integram sustentabilidade ao seu modelo de gestão, contribuindo não apenas para a preservação ambiental, mas também para a imagem institucional do esporte como agente de transformação social.