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Hidrelétricas são essenciais para a estabilidade do sistema elétrico, afirma Enio Verri no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia

Diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional defende papel estratégico das usinas hidrelétricas diante do crescimento de fontes intermitentes e aposta em inovação para aumentar eficiência e reduzir custos

Durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia 2025, realizado no Rio de Janeiro nos dias 10 e 11 de abril, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, defendeu de forma enfática a importância das hidrelétricas na composição da matriz elétrica brasileira. Para Verri, diante da crescente inserção de fontes intermitentes, como a solar fotovoltaica e a eólica, as usinas hidrelétricas permanecem como o principal pilar de estabilidade, confiabilidade e segurança energética no país.

“Com o aumento da energia intermitente, mais do que nunca, para garantir a manutenção da energia elétrica no Brasil, é preciso que a energia seja firme. E quem produz energia firme são as hidrelétricas”, afirmou o executivo durante o painel “Qual o futuro do setor elétrico com as mudanças no ambiente de contratação, novos arranjos e com os avanços tecnológicos? Visão dos CEOs”, realizado no primeiro dia do evento.

A declaração de Verri expressa uma preocupação crescente no setor elétrico, relacionada à garantia de um fornecimento contínuo e confiável de energia em um sistema que se torna progressivamente mais complexo e descentralizado, especialmente diante da integração de fontes de geração dependentes das condições climáticas.

Inovação e modernização da Itaipu Binacional

Além de ressaltar a relevância das hidrelétricas, o diretor-geral destacou os investimentos em inovação tecnológica que estão sendo feitos na Itaipu Binacional, uma das maiores geradoras de energia limpa e renovável do mundo. Segundo ele, a atualização das estruturas da usina permitirá um aumento significativo na produtividade energética sem a necessidade de grandes obras ou expansões físicas.

“A atualização tecnológica pela qual a usina está passando vai permitir que possamos produzir cada vez mais energia com as mesmas estruturas que temos. É preciso aplicar o avanço da ciência e da tecnologia para que nossas unidades geradoras possam produzir cada vez mais, permitindo, inclusive, uma redução no preço da energia em todo o Brasil”, pontuou.

O evento também contou com a presença do diretor financeiro da usina, André Pepitone, que acompanhou os debates ao lado de assessores.

Desafios e perspectivas para o setor elétrico

O painel reuniu outros nomes de peso do setor energético nacional, como Ivan Monteiro (Eletrobras), Adriana Waltrick (SPIC Brasil), Antonio Scala (Enel Brasil), Fábio Zanfelice (Auren), Gustavo Estrella (CPFL Energia) e Lino Cançado (Eneva). A moderação foi conduzida por Elisa Bastos, diretora de Assuntos Corporativos do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Entre os principais temas abordados, além da segurança energética, destacaram-se os novos modelos de contratação, a importância da inovação tecnológica no setor, a necessidade de reformas regulatórias para acompanhar as mudanças estruturais e o papel do Brasil na transição energética global.

O Fórum, promovido pela Forbes com apoio da Dominium Produções, também discutirá nos painéis seguintes temas como ESG no setor elétrico, armazenamento de energia, expansão da geração distribuída, fusões e aquisições (M&A) e os principais projetos do setor em discussão no Congresso Nacional, temas centrais para o futuro da energia no Brasil.

Hidrelétricas no centro da transição energética

Embora o debate sobre descarbonização e diversificação da matriz energética avance, a fala de Enio Verri reforça que a energia hidrelétrica, com sua capacidade de resposta rápida e alta confiabilidade, seguirá sendo indispensável na transição energética brasileira. Além disso, o executivo destacou que o papel das grandes usinas vai além da geração, contribuindo também com reservatórios estratégicos para regulação hídrica e suporte ao sistema interligado nacional (SIN).

A mensagem de Verri é clara ao afirmar que, para assegurar um sistema robusto e resiliente, o país deve seguir investindo em uma matriz energética diversificada, preservando, ao mesmo tempo, as estruturas fundamentais que sustentam o modelo atual, como Itaipu e outras grandes usinas.

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