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Goiás investe em energia solar e inaugura usina que reduz custos públicos e impulsiona inovação acadêmica

Com mais de R$ 30 milhões em investimentos, UEG e CelgPar lançam complexo fotovoltaico em Anápolis capaz de abastecer mais de 3 mil residências e funcionar como centro de pesquisa em energia limpa

Em um passo decisivo rumo à eficiência energética, sustentabilidade e incentivo à ciência, o Governo de Goiás, por meio da CelgPar e em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), inaugurou oficialmente a Usina Fotovoltaica da UEG, localizada em Anápolis. O projeto não apenas gera energia limpa em larga escala como também representa um marco na integração entre setor público e universidades em prol da transição energética.

Com investimento superior a R$ 30 milhões — oriundos de recursos próprios da CelgPar, uma sociedade de economia mista de capital autorizado, cujo acionista majoritário é o Estado de Goiás — o empreendimento ocupa uma área de 100 mil metros quadrados na Fazenda Barreiro do Meio, nas proximidades da BR-153. A usina conta com 11.760 painéis solares, e já está em operação.

A capacidade instalada do sistema é de 12.633 MWh/ano, volume suficiente para suprir o consumo de mais de 3 mil residências de padrão médio. A previsão é de que essa geração possibilite economia de até 64,5% nas faturas de energia elétrica da própria UEG e da Secretaria de Educação do Estado, gerando uma redução expressiva nas despesas públicas fixas.

Economia com impacto ambiental positivo

Além da economia financeira, os ganhos ambientais são relevantes. Segundo dados técnicos, a energia produzida evita a emissão de gases poluentes equivalente à retirada de 370 veículos das ruas por ano, ou ao plantio de mais de 7 mil árvores — um impacto expressivo para o meio ambiente urbano e rural goiano.

Durante a solenidade de inauguração, estiveram presentes o presidente da CelgPar, Fernando Navarrete, o reitor da UEG, professor Antonio Cruvinel Borges Neto, bem como autoridades estaduais e municipais. Para Navarrete, o investimento se insere em um plano estratégico do Governo de Goiás que prevê a valorização de fontes limpas como parte de uma política de desenvolvimento sustentável.

“Este é apenas um dos quatro empreendimentos com foco em energia solar que estamos conduzindo. Trata-se de um projeto com retorno social, econômico e ambiental. Estamos pavimentando o caminho para que o estado de Goiás seja uma referência nacional em energia limpa”, afirmou o presidente da CelgPar.

Universidade como centro de inovação energética

O projeto tem uma importância que vai além da infraestrutura e da economia de recursos. A usina será utilizada também como plataforma de pesquisa e desenvolvimento, servindo como laboratório vivo para os cursos da universidade — especialmente nas áreas de engenharia, física, sustentabilidade e tecnologia.

“Esta usina não é apenas um gerador de energia, mas uma fonte de conhecimento. Ela permitirá que nossos alunos e professores desenvolvam estudos em tempo real, com dados concretos e experiências práticas em energias renováveis. É um salto para a UEG como protagonista em ciência e inovação”, declarou o reitor Antonio Cruvinel.

A expectativa é que o novo complexo ajude a fomentar projetos interdisciplinares e promova a capacitação de estudantes e pesquisadores para o mercado de trabalho da economia verde, contribuindo para a formação de mão de obra qualificada em um setor que só tende a crescer.

Goiás no radar da transição energética

O projeto da usina solar da UEG vem ao encontro de uma tendência nacional e internacional de aceleração da transição energética, com foco em fontes limpas, como solar e eólica. No Brasil, a energia solar já representa mais de 15% da matriz elétrica, e a projeção é de crescimento contínuo na próxima década.

A ação do Governo de Goiás, por meio da CelgPar, coloca o estado em destaque ao mostrar que é possível unir gestão pública eficiente, sustentabilidade ambiental e inovação acadêmica. Além disso, serve de modelo replicável para outras unidades da federação que desejam investir em energia solar para reduzir custos e emissões, ao mesmo tempo em que impulsionam pesquisa e desenvolvimento.

O projeto da UEG mostra que, quando há visão estratégica e articulação entre governo, universidade e empresas públicas, a transição energética deixa de ser uma promessa distante e se torna uma realidade concreta.

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