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CNJ aposta em energia solar e firma parceria com Neoenergia para reduzir custos e ampliar sustentabilidade no Judiciário

Iniciativa prevê estudos técnicos para instalação de usinas fotovoltaicas e modernização da iluminação nas sedes do Conselho Nacional de Justiça. Modelo é inspirado em projeto do STF que já gera economia anual de R$ 255 mil

Em mais um passo para alinhar o Judiciário brasileiro à agenda de sustentabilidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) firmou um Acordo de Cooperação Técnica com a Neoenergia Brasília. O objetivo é promover eficiência energética nas instalações do CNJ, por meio da implantação de sistemas de geração solar fotovoltaica e da modernização da iluminação interna com tecnologia LED.

A assinatura do acordo ocorreu no dia 3 de abril, durante a inauguração da nova usina solar do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A cerimônia contou com a presença do presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e do CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, além de outras autoridades do setor elétrico e do Judiciário.

Projeto-piloto no STF já colhe resultados

O novo convênio segue o modelo bem-sucedido implementado pela Neoenergia no Supremo Tribunal Federal. Por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram investidos mais de R$ 800 mil na instalação de uma usina fotovoltaica e na substituição de 3.600 lâmpadas convencionais por LED na sede do STF.

O resultado foi imediato: uma economia de aproximadamente R$ 255 mil por ano na conta de energia elétrica da instituição. A expectativa é que a mesma lógica seja aplicada ao CNJ, gerando impactos positivos tanto financeiros quanto ambientais.

“A parceria com o CNJ reafirma nosso compromisso com a transição energética e com o uso inteligente dos recursos públicos. Estamos orgulhosos de contribuir com duas das instituições mais relevantes do país”, afirmou Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.

Eficiência energética no setor público

A proposta é realizar estudos de viabilidade técnica nas duas unidades do CNJ em Brasília — a sede principal e a da Asa Norte — para identificar o potencial de geração de energia solar e os pontos que demandam modernização de iluminação. A medida insere-se no esforço institucional para reduzir o consumo de energia, cortar custos e minimizar a emissão de gases de efeito estufa no âmbito do Judiciário.

O ministro Luís Roberto Barroso destacou que o Judiciário deve assumir papel de liderança na transição energética. “Aprovamos uma resolução que determina que todos os tribunais façam um inventário de suas emissões, estabeleçam metas de redução e busquem a compensação ambiental. Essa é uma luta de toda a sociedade, e ninguém está dispensado de fazer a sua parte”, afirmou.

Mais de R$ 6 milhões já investidos no Judiciário

A parceria com o CNJ se soma a uma série de outras iniciativas realizadas pela Neoenergia em diferentes órgãos do sistema judiciário. Somente nas suas áreas de concessão, a companhia já investiu mais de R$ 6 milhões em ações de eficiência energética voltadas ao setor.

Até agora, foram substituídas 80 mil lâmpadas por LED em 200 edificações, instalados 21 sistemas solares fotovoltaicos com potência somada de 800 kWp e iniciados estudos para novas usinas em 15 outras unidades, com um potencial adicional de 580 kWp.

Parcerias estratégicas com o setor público

Desde que assumiu a concessão de distribuição de energia no Distrito Federal, em março de 2021, a Neoenergia Brasília tem ampliado as parcerias com órgãos públicos para fomentar a modernização da infraestrutura energética.

As instituições atendidas incluem a Polícia Federal, a Força Aérea Brasileira, o Exército Brasileiro e a Universidade de Brasília (UnB).

Nesses projetos, mais de 150 mil lâmpadas ineficientes foram substituídas por modelos LED — até 40% mais econômicos — e foi implantada uma usina fotovoltaica com capacidade de 427,14 kWp.

Impacto social: energia limpa também para famílias de baixa renda

Além do apoio ao setor público, o Programa de Eficiência Energética da Neoenergia tem um forte componente social. Nos últimos dois anos, mais de 30 mil famílias de baixa renda no Distrito Federal foram beneficiadas com a substituição gratuita de 135 mil lâmpadas por modelos LED.

A iniciativa visa democratizar o acesso ao consumo eficiente, promovendo economia direta na conta de luz das famílias e contribuindo para a redução da demanda no sistema elétrico.

Energia solar: pilar da transição energética no Brasil

A adoção da energia solar fotovoltaica se alinha diretamente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 7 (ODS 7) da ONU, que visa garantir o acesso à energia limpa, confiável e sustentável para todos.

Trata-se de uma fonte renovável, abundante e viável mesmo em dias nublados, tornando-se estratégica para a redução de custos e a descarbonização da matriz energética do setor público.

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